Hermenêutica em Montaigne e Gadamer:

da arte da conversação (III, 8) e a linguagem como médium da experiência

Autores

  • Gilmar Henrique da Conceição

DOI:

https://doi.org/10.48075/aoristo.v1i1.16528

Palavras-chave:

Hermenêutica, Gadamer, Montaigne, Linguagem, Conversação

Resumo

Este trabalho busca argumentar que a hermenêutica pode ser compreendida como a busca pela interpretação do sentido em Montaigne e em Gadamer. Para Montaigne o acontecimento faz o conhecimento, e não o conhecimento faz o acontecimento. Em Gadamer somente temos a ‘explicação’ e a ‘descrição’. Ambos, porém, constatam que outras possibilidades de inquisição ficaram ocultas pela abstração e pelo logos. Neste sentido, a hermenêutica escava estas camadas esquecidas, soterradas ou desprezadas. Em suma, investigamos como se dá esta busca pelo sentido nestes dois autores seja por meio da conversação, seja por meio da linguagem. A ideia central que desenvolvemos está em que a conversação tem seu próprio espírito, e a linguagem que empregamos ‘desvela’ e deixa surgir algo que é a partir de então. Montaigne, inclusive, advoga a necessidade de uma nova linguagem para os filósofos pirrônicos que não podem expressar sua concepção geral em nenhuma forma de falar, pois precisariam de uma nova linguagem.

Downloads

Publicado

01-01-2000

Como Citar

CONCEIÇÃO, G. H. da. Hermenêutica em Montaigne e Gadamer:: da arte da conversação (III, 8) e a linguagem como médium da experiência. Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 205–217, 2000. DOI: 10.48075/aoristo.v1i1.16528. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/aoristo/article/view/16528. Acesso em: 16 abr. 2024.