Escala de satisfação para uso de jogos de videogame ativo de estudantes

Autores

  • Taynara Lais Pereira Cezario Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina
  • Catiana Leila Possamai Romanzini Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina

DOI:

https://doi.org/10.36453/2318-5104.2014.v12.n2.p31
Agências de fomento

Palavras-chave:

Jogos de Vídeo, Criança, Satisfação pessoal.

Resumo

Os videogames vêm se tornando cada dia mais versáteis e evoluídos em suas versões, além de apresentarem uma grande variedade de modelos, os mais recentes incluem um componente de interatividade com o usuário. No entanto, pouco ainda se sabe sobre os fatores que mais satisfazem os usuários em relação ao uso de videogames ativos, bem como se estes fatores diferem por sexo e grupos de idade. Sendo assim, o objetivo do estudo foi avaliar os fatores de satisfação para o uso de videogames ativos de estudantes, com relação ao sexo e grupos de idade. Trata-se de um estudo descritivo transversal. Participaram do estudo 120 estudantes de 6 a 13 anos, com média de idade de 9,3±1,7 anos, de duas escolas da Rede Privada da região central de Londrina. O instrumento de coleta de dados foi uma escala de satisfação para o uso de videogames ativos, adaptada do Physical Activity Enjoyment Scale (PACES), que foi autoadministrado aos pais e aos estudantes. Os dados da escala foram categorizados em baixa e em elevada satisfação e analisados descritivamente por meio de ocorrência de frequência, média e desvio padrão. O teste de qui-quadrado foi utilizado na verificação da associação entre a categorização do nível de satisfação geral, do sexo e dos grupos de idade. O nível de significância adotado para as análises foi de 5%. Dentre os estudantes que indicaram fazer uso de videogame ativo, 71 (59,2%) eram rapazes e 49 (40,8%) eram moças. Moças e rapazes têm preferências por categorias de jogos de videogame ativos distintas. Enquanto os rapazes preferem jogos de “esporte”, as moças preferem jogos de “dança”. O uso do videogame ativo oferece elevada satisfação entre os estudantes, independente do sexo e dos grupos de idade, sendo “a diversão” o fator de satisfação mais destacado. Nesse sentido, talvez a utilização dos videogames ativos possa auxiliar na efetividade das ações de futuras intervenções na área da saúde pública, principalmente por despertar “elevada satisfação” entre os envolvidos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABEP. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica Brasil 2013.

BAILEY, B.W.; MCINNIS, K. Energy cost of exergaming: a comparison of the energy cost of 6 forms of exergaming. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, Chicago, v. 165, n. 7, p. 597-602, 2011.

CHIN, A.P.M.J.; JACOBS, W.M.; VAESSEN, E.P.; TITZE, S.; VAN MECHELEN, W. The motivation of children to play an active video game. Journal of Science and Medicine in Sport, Victoria, v. 11, n. 2, p. 163-6, 2008.

DE VET, E.; SIMONS, M.; WESSELMAN, M. Dutch children and parents’ views on active and non-active video gaming. Health Promotion International, Eynsham, v. 29, n. 2, p. 235-43, 2014.

DIXON, R. Parents’ and children’s perceptions of active video games: a focus group study. Journal Child Health Care, London, v. 14, n. 2, p. 189-99, 2010.

GREENBERG, B. S.; SHERRY, J.; LACHLAN, K.; LUCAS, K.; HOLMSTROM, A. Orientations to video games among gender and age groups. Simulation & Gaming, Newburry Park, v. 41, n. 2, p. 238-59, 2008.

INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Data Escola Brasil. Disponível em: http://www.dataescolabrasil.inep.gov.br/dataEscolaBrasil/home.seam. Acessado em: 15 de março de 2014.

IPPUL. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina. Cidade de Londrina - Bairros e Regiões. Disponível em: http://www1.londrina.pr.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13005&Itemid=1495. Acesso em: 15 de março de 2014.

KENDZIERSKI D.; DE CARLO, K. L. Physical activity enjoyment scale: two validation studies. Journal of Sport & Exercise Psychology, Champaign, v. 13, n. 1, p. 50-64, 1991.

LUCAS, K.; SHERRY, J. L. Sex differences in video game play: a communication-based explanation. Communication Research, Thousand Oaks, v. 31, n. 5, p. 499-523, 2004.

MOTL, R. W.; DISHMAN, R. K.; SAUNDERS, R.; DOWDA, M.; FELTON, G.; PATE R. R. Measuring enjoyment of physical activity in adolescent girls. American Journal of Preventive Medicine, Amstersam, v. 21, n. 2, p. 110-7, 2001.

PENG, W.; CROUSE, J. Playing in parallel: the effects of multiplayer modes in active video game on motivation and physical exertion. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, New Rochelle, v. 16, n. 6, p. 423-7, 2013.

RIDEOUT, V. R.; ROBERTS, D. F.; FOEHR, U. G. Generation M: media in the lives of 8–18 year-olds. A Kaiser Family Foundation Study, March, 2005. 140 p.

RYAN, R. M.; DECI, E. L. Intrinsic and extrinsic motivations: classic definitions and new directions. Contemporary Educational Psychology, New York, v. 25, n. 1, p. 54-67, 2000.

SIMONS, M.; BERNAARDS, C.; SLINGER, J. Active gaming in Dutch adolescents: a descriptive study. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, London, v. 9, n. 118, p. 1-9, 2012.

SIMONS, M.; DE VET, E.; HOORNSTRA, S.; BRUG, J.; SEIDELL, J.; CHINAPAW, M. Adolescents’ views on active and non-active video games: a focus group study. Games for Health Journal, New Rochelle, v. 1, n. 3, p. 211-8, 2012.

SISSON, S. B.; CHURCH, T. S., MARTIN, C. K., TUDOR-LOCKE, C.; SMITH, S. R., BOUCHARD, C.; EARNEST, C. P.; RANKINEN, T.; NEWTON JR., R. L.; KATZMARZYK, P. T. Profiles of sedentary behavior in children and adolescents: the US National Health and Nutrition Examination Survey, 2001-2006. International Journal of Pediatric Obesity, London, v. 4, n. 4, p. 353-9, 2009.

SOTHERN, M.S. Obesity prevention in children: physical activity and nutrition. Nutrition, Burbank, v. 20, n. 7-8, p. 704-8, 2004.

Downloads

Publicado

15.12.2015

Como Citar

CEZARIO, T. L. P.; ROMANZINI, C. L. P. Escala de satisfação para uso de jogos de videogame ativo de estudantes. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 12, n. 2, p. 31–37, 2015. DOI: 10.36453/2318-5104.2014.v12.n2.p31. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/10973. Acesso em: 28 mar. 2024.