Volume total e número de repetições máximas durante séries de treinamento resistido: método tradicional vs série agonista-antagonistado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36453/2318-5104.2020.v18.n3.p11

Palavras-chave:

Treinamento Resistido, Métodos de Treinamento, Repetições máximas

Resumo

OBJETIVO: Comparar volume total e número repetições máximas (nRM) que pode ser realizado nos exercícios rosca direta (RD) e tríceps na polia (TP), variando a ordem de execução, nos métodos tradicional (TRAD) e série pareada agonista-antagonista (SPAA).
MÉTODOS: Doze indivíduos (22±3,5 anos) com experiência em treinamento resistido (TR), compareceram a 10 sessões com intervalo de 48 a 72 horas entre elas. Após avaliação antropométrica, três sessões de familiarização e realização de testes de uma repetição máxima (1-RM) e reprodutibilidade de 1-RM, foram realizados quatro protocolos experimentais para mensuração do nRM, utilizando 70% de 1-RM: TRAD1 (quatro séries no exercício RD + quatro séries no exercício TP); TRAD2 (quatro séries no exercício TP + quatro séries no exercício RD); SPAA1 (quatro séries no exercício RD e TP) e; SPAA2 (quatro séries no exercício TP e RD). Sob o método TRAD, foram implementados intervalos de 90 segundos entre todas séries realizadas; um intervalo de descanso de dois minutos foi implementado entre a conclusão da última série do primeiro exercício e a primeira série do segundo exercício (RD + TP ou TP + RD). Sob o método SPAA, nenhum intervalo foi implementado entre o primeiro e segundo exercício (RD e TP ou TP e RD); noventa segundos de intervalo de descanso foram implementados após conclusão do primeiro e do exercício subsequente.
RESULTADOS: Não foram observadas diferenças no volume total e percepção subjetiva do esforço (PSE) entre os protocolos experimentais, enquanto foi verificado maior nRM no exercício TP em comparação com o RD em todos os protocolos utilizados.
CONCLUSÃO: Na intensidade de 70% de 1-RM, o volume total não é influenciado pelo método de TR (TRAD ou SPAA) e pela ordem dos exercícios (RD e TP ou TP e RD). Adicionalmente, observou-se que o nRM parece ser influenciado pelo grupamento muscular utilizado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

William Peneda Tozei, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Profissional de Educação Física - Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil. Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e Musculação (GEPAM) - Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil.

Milton Pereira Amaral, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Profissional de Educação Física - Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil. Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e Musculação (GEPAM) - Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil.

Washington Pires, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Professor Doutor do curso de Educação Física da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil - Laboratório de Medidas e Avaliação da UFOP. Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e Musculação (GEPAM) - Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil.

Renato Melo Ferreira, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Professor Doutor do curso de Educação Física da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil - Laboratório de Atividades Aquáticas (LAQUA) – Grupo de Estudos de Atividades Aquáticas (GAIA) - Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil.

Everton Rocha Soares, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Professor Doutor do curso de Educação Física da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil - Laboratório de Musculação da UFOP. Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e Musculação (GEPAM) - Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro Preto, Minas Gerais – Brasil.

Referências

ACSM. American College of Sports Medicine. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison, v. 41, n. 3, p. 687-708, 2009.

AN, K. N.; HUI, F. C.; MORREY, B. F.; LINSCHEID, R. L.; CHAO, E. Y. Muscles across the elbow joint: a biomechanical analysis. Journal of Biomechanics, Elmsford, v. 14, n. 10, p. 659-69, 1981.

BAECHLE, T. R.; EARLE, R. W. Fundamentos do treinamento de força e do condicionamento. 3. ed. Barueri: Manole, 2010.

BALSAMO, S.; TIBANA, R. A.; NASCIMENTO, D. D. A. C.; FARIAS, G. L.; PETROCCELLI, Z.; SANTANA, F. S.; MARTINS, O. V.; AGUIAR, F.; PEREIRA, G. B.; SOUZA, J. C.; PRESTES, J. Exercise order affects the total training volume and the ratings of perceived exertion in response to a super-set resistance training session. International Journal of General Medicine, Macclesfield, v. 5, p. 123–7, 2012.

BALSAMO, S.; TIBANA. R. A.; NASCIMENTO, D. D. A. C.; FRANZ, C. B.; LYONS, S.; FAIGENBAUM, A.; PRESTES, J. Exercise order influences number of repetitions and lactate levels but not perceived exertion during resistance exercise in adolescents. Research in Sports Medicine, Philadelphia, v. 21, n. 4, p. 293-304, 2013.

BOTTARO, M.; MACHADO, S. N.; NOGUEIRA, W.; SCALES, R.; VELOSO, J. Effect of high versus low-velocity resistance training on muscular fitness and functional performance in older men. European Journal of Applied Physiology, Berlin, v. 99, n. 3, p. 257-64, 2007.

BRZYCKI, M. Strength testing-predicting a one-rep max from reps-to-fatigue. Journal of Physical Education, Recreation & Dance, v. 64, n. 1, p. 88-90, 1993.

BURESH, R.; BERG, K.; FRENCH J. The effect of resistive exercise rest interval on hormonal response, strength, and hypertrophy with training. Journal of Strength & Conditioning Research, Lincoln, v. 23, n. 1, p. 62-71, 2009.

CHAGAS, M. H.; BARBOSA, J. R. M.; LIMA, F. V. Comparação do número máximo de repetições realizadas a 40 e 80% de uma repetição máxima em dois diferentes exercícios na musculação entre os gêneros masculino e feminino. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 5-12, 2005.

GRGIC, J.; LAZINICA, B. MIKULIC, P. KRIEGER, J. W.; SCHOENFELD, B. J. The effects of short versus long inter-set rest intervals in resistance training on measures of muscle hypertrophy: a systematic review. European Journal of Sport Science, Berlin, v.17, n.8, p.983-993, 2017.

GRGIC, J.; SCHOENFELD, B. J.; SKREPNIK, M.; DAVIES, T. B.; MIKULIC, P. Effects of rest interval duration in resistance training on measures of muscular strength. Sports Medicine, Auckland, v. 48, n. 1, p. 137-51, 2018

GROSICKI, G. J.; MILLER, M. E.; MARSH, A. P. Resistance exercise performance variability at submaximal intensities in older and younger adults. Clinical Interventions in Aging, Auckland, v. 9, p. 209-18, 2014.

LIMA, F. V.; CHAGAS, M. H.; CORRADI, E. F. F.; SILVA, G. F. Analysis of two training programs with different rest periods between series based on guidelines for muscle hypertrophy in trained individuals. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 12, n. 4, p. 175-8, 2006.

MAUGHAN, R. J.; WATSON, J. S.; WEIR, J. Strength and cross-sectional area of human skeletal muscle. Journal Physiology, London, v. 338, p. 37-49, 1983.

MIRANDA, H.; FIGUEIREDO, T.; RODRIGUES, B.; PAZ, G. A.; SIMÃO R. Influence of exercise order on repetition performance among all possible combinations on resistance training. Research in Sports Medicine, Philadelphia, v. 21, n. 4, p. 355-366, 2013

NACLERIO, F.; RODRÍGUEZ-ROMO, G.; BARRIOPEDRO-MORO, M. I.; JIMÉNEZ, A.; ALVAR, B. A.; TRIPLETT, N. T. Control of resistance training intensity by the OMNI perceived exertion scale. Journal of Strength & Conditioning Research, Lincoln, v. 25, n. 7, p. 1879-88, 2011.

NÚÑEZ, F. J.; SANTALLA, A.; CARRASQUILA, I.; ASIAN, J. A.; REINA, J. I.; SUAREZ-ARRONES, L. J. The effects of unilateral and bilateral eccentric overload training on hypertrophy, muscle power and COD performance, and its determinants, in team sport players. PLoS One, San Francisco, v. 13, n. 3, p. 1-13, 2018.

OGASAWARA, R.; LOENNEKE, J. P.; THIEBAUD, R. S.; ABE, T. Low-load bench press training to fatigue results in muscle hypertrophy similar to high-load bench press training. International Journal of Clinical Medicine, v. 4, n. 2, p. 114–121, 2013.

PAZ, G. A.; ROBBINS, D. W.; OLIVEIRA, C. G.; BOTTARO, M.; MIRANDA, H. Volume load and neuromuscular fatigue during an acute bout of agonist-antagonist paired-set vs. traditional-set training. The Journal of Strength & Conditioning Research, Lincoln, v. 31, n. 10, p. 2777-84, 2017.

PETERSON, S. L.; RAYAN, G. M. Shoulder and upper arm muscle architecture. Journal of Hand Surgery, Oxford, v. 36, n. 5, p. 881-9, 2011.

RICHENS, B.; CLEATHER, D. J. The relationship between the number of repetitions performed at given intensities is different in endurance and strength trained athletes. Biology of Sport, Warsaw, v. 31, n. 2, p. 157-61, 2014.

ROBERTSON, R. J.; GOSS, F. L.; RUTKOWSKI, J.; LENZ, B.; DIXON, C.; TIMMER, J.; FRAZEE, K.; BUBE, J.; ANDREACCI, J. Concurrent validation of the OMNI perceived exertion scale for resistance exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise, Madison, v. 35, n. 2, p. 333-41, 2003.

SCHOENFELD, B. J.; CONTRERAS, B.; KRIEGER, J.; GRGIC, J.; DELCASTILLO, K.; BELLIARD, R.; ALTO, A. Resistance training volume enhances muscle hypertrophy but not strength in trained men. Medicine & Science and Sports & Exercise, Madison, v. 51, n. 1, p. 94-103, 2019.

SCHOENFELD, B. J.; PETERSON, M. D.; OGBORN, D.; CONTRERAS, B.; SONMEZ, G. T. Effects of Low- vs. High-Load Resistance Training on Muscle Strength and Hypertrophy in Well-Trained Men. The Journal of Strength & Conditioning Research, Lincoln, v. 29, n. 10, p. 2954–2963, 2015.

SCHOENFELD, B. J.; OGBOR, D.; KRIEGER, J. W. Effects of Resistance Training Frequency on Measures of Muscle Hypertrophy: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Medicine, Auckland, v. 46, n. 11, p. 1689-97, 2016.

SCHOENFELD, B. J. The mechanisms of muscle hypertrophy and their application to resistance training. The Journal of Strength & Conditioning Research, Lincoln, v. 24, n. 10, p. 2857-72, 2010.

SHEPSTONE, T. N.; TANG, J. E.; DALLAIRE, S.; SCHUENKE, M. D.; STARON, R. S.; PHILLIPS, S. M. Short-term high- vs. low-velocity isokinetic lengthening training results in greater hypertrophy of the elbow flexors in young men. Journal of Applied Physiology, Washington, v. 98, n. 5, p. 1768-76, 2005.

SILVA, R. P.; NOVAES, J. S.; AQUINO, M. S.; BOTTARO, M. Protocolos de treinamento resistido de alta velocidade de contração muscular em idosas: efeitos na percepção de esforço. Revista da Educação Física, Maringá, v. 20, n. 1, p. 77-84, 2009.

SOUZA, J. A. A. A.; PAZ, G. A.; MIRANDA, H. Blood lactate concentration and strength performance between agonist-antagonist paired set, superset and traditional set training. Archivos de Medicina del Deporte, Pamplona, v. 34, n. 3, p. 145-150, 2017.

THOMPSON, P. D.; ARENA, R.; RIEBE, D.; PESCATELLO, L. S. ACSM’s new preparticipation health screening recommendations from ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. Current Sports Medicine Reports, Philadelphia, v. 12, n. 4, p. 215-7, 2013.

VERDIJK, L. B.; VAN LOON, L.; MEIJER, K.; SAVELBERG, H. H. One-repetition maximum strength test represents a valid means to assess leg strength in vivo in humans. Journal of Sports Sciences, London, v. 27, n. 1, p. 59-68, 2009.

WEAKLEY, J. J. S.; TILL, K.; READ, D. B.; ROE, G. A. B.; DARRALL-JONES, J.; PHIBBS, P. J.; JONES, B. The effects of traditional, superset, and tri set resistance training structures on perceived intensity and physiological responses. European Journal of Applied Physiology, Berlin, v. 117, n. 9, p. 1877-89, 2017.

WILLARDSON, J. M.; BURKETT, L. N. A comparison of 3 different rest intervals on the exercise volume completed during a workout. The Journal of Strength & Conditioning Research, Lincoln, v. 19, n. 1, p. 23-6, 2005.

Downloads

Publicado

05.09.2020

Como Citar

TOZEI, W. P.; AMARAL, M. P.; PIRES, W.; FERREIRA, R. M.; SOARES, E. R. Volume total e número de repetições máximas durante séries de treinamento resistido: método tradicional vs série agonista-antagonistado. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 18, n. 3, p. 11–16, 2020. DOI: 10.36453/2318-5104.2020.v18.n3.p11. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/24821. Acesso em: 28 mar. 2024.