Potência aeróbia de praticantes de handebol em cadeira de rodas através de um teste de quadra

Autores

  • Lucinar J. Forner Flores Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Marechal Cândido Rondon
  • Natacha Manchado Pereira Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas
  • Anselmo de Athayde Costa e Silva Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas
  • Luis Felipe Castelli Correia de Campos Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas
  • Rafael Botelho Gouveia Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas
  • Luiz Gustavo de Souza Pena Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas
  • Mariane Borges Universidade Paranaense (Unipar), Toledo
  • Fernando Rosch de Faria Universidade Paranaense (Unipar), Toledo
  • Décio Roberto Calegari Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá
  • José Irineu Gorla Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas

DOI:

https://doi.org/10.36453/cefe.2010.v9.n17.p75

Palavras-chave:

Cadeirantes, VO2máx, Esporte adaptado, Aptidão cardiorrespiratória.

Resumo

Esse estudo teve por objetivo avaliar a potência aeróbia de praticantes de Handebol em Cadeira de Rodas, através de um método de quadra (teste de 12 minutos). A amostra desse estudo foi de nove sujeitos (n=9), acometidos por diversas deficiências, tais quais sequela de poliomielite (n=4), lesão medular (n=3), amputação de membro inferior (n=1) e síndrome de Charcot-Marie Tooth (n=1). O teste consistiu em percorrer 12 minutos o percurso de 25 x 15 metros utilizando-se da cadeira de rodas específica para a prática esportiva e, cada atleta fez uso de sua cadeira. Através da distância percorrida, foi calculado o valor estimado do VO2máx, conforme protocolo de Franklin et al. (1990). A análise estatística foi realizada através do SPSS 9.0 com valor de p<0,05. O valor médio de VO2máx encontrado foi 22,79 (±5,12) ml.kg.min-1, com valores mínimo de 12,2 e máximo 29,47 ml.kg.min-1. Em relação à frequência cardíaca foram encontradas diferenças significativas entre os momentos de repouso, final e de recuperação do teste. Esses resultados, de acordo com a classificação de Franklin et al. (1990), demonstram um nível médio de condicionamento para o grupo estudado.

Downloads

Referências

ABOUZEID, M. M. Comparision of cardiovascular adaptation to intensive swim training in wheelchair swimmers (amputation versus paraplegic). VISTA – IPC, 2006.

ARAÚJO, P. F. Desporto adaptado no Brasil: origem, institucionalização e atualidade. Tese (Doutorado em Educação Física) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1997.

BERNARDI, M. et al. Aerobic fitness in athletes with a locomotor disability: influence of sport, training hours and motor functionality. VISTA – IPC, 2006.

CALEGARI, D. R.; GORLA, J. I.; ARAÚJO, P. F. Handebol em cadeira de rodas: regras e treinamento. São Paulo: Phorte, 2010.

FRANKLIN et al. Field test estimation of maximal oxygen consumption in wheelchair users. Arch Phys Med Rehabil., v. 71, 1990.

GOOSEY-TOLFREY, V. L.; BATTERHAM, A. M.; TOLFREY, K. Scaling behavior of VO2peak in trained wheelchair athletes. Med. Sci. Sports Exerc., v. 35, n. 12, p. 2106-2111, 2003.

GOOSEY-TOLFREY, V. L. Physiological profiles of wheelchair basketball players in preparation for the 2000 Paralympic Games. Adapted Physical Activity Quarterly, v. 22, p. 57-66, 2005.

GOOSEY-TOLFREY, V. L.; CASTLE, P.; WEBBORN, N. Aerobic capacity and peak power output of elite quadriplegic games players. British Journal of Sports Medicine, v. 40, p. 684-687, 2006.

GOOSEY-TOLFREY, V. L.; SINDALL, P. The effects of arm crank strategy on physiological responses and mechanical efficiency during submaximal exercise. Journal of Sports Science, v. 25, n. 4, p. 453-460, 2007.

GORLA, J. I. et al. In: GORLA, J. I.; CAMPANA, M. B.; OLIVEIRA, L. Z. Teste e avaliação em esporte adaptado. São Paulo: Phorte, 2009.

GORLA, J. I.; ARAÚJO, P. F.; CALEGARI, D. R.; SILVA, A. A. C. Análise do percentual de gordura de indivíduos com lesão medular praticantes de basquetebol em cadeira de rodas. Rev. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, 2007.

JACOBS, P. L.; NASH, M. S.; RUSINOWSKI, J. W. Circuit training provides cardiorespiratory and strength benefits in persons with paraplegia. Med. Sci. Sports Exerc., v. 33, n. 5, p. 711-717, 2001.

MORGULEC, N. et al. The effect of training on aerobic performance in wheelchair rugby players. Med. Sports Press, v. 12, n. 2, p. 195-198, 2006.

THIJSSEN, D. H. J.; STEENDIJK, S.; HOPMAN, M. T. E. Blood redistribution during exercise in subjects with spinal cord injury and controls. Med. Sci. Sports Exerc., v. 41, n. 6, p. 1249-1254, 2009.

VALENT, L. J. M. et al. The individual relationship between heart rate and oxygen uptake in people with tetraplegia during exercise. Spinal Cord, v. 45, p. 104-111, 2007.

VANDERTHOMMEN, M. et al. A Multistage field test of wheelchair users for evaluation of fitness and prediction of peak oxygen consumption. Journal of Rehabilitation Research and Development, v. 39, n. 6, p. 685-692, 2002.

VANLANDEWIJCK, Y. et al. Determinants of shuttle run performance in the prediction of peak VO2 in wheelchair users. Disability and Rehabilitation, v. 28, n. 20, p. 1259-1266, 2006.

VINET, A. et al. Prediction of VO2peak in wheelchair-dependent athletes from the adapted Leger and Boucher test. Spinal Cord, v. 40, p. 507-512, 2002.

Downloads

Publicado

29.04.2011

Como Citar

FLORES, L. J. F.; PEREIRA, N. M.; SILVA, A. de A. C. e; CAMPOS, L. F. C. C. de; GOUVEIA, R. B.; PENA, L. G. de S.; BORGES, M.; FARIA, F. R. de; CALEGARI, D. R.; GORLA, J. I. Potência aeróbia de praticantes de handebol em cadeira de rodas através de um teste de quadra. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 9, n. 17, p. 75–83, 2011. DOI: 10.36453/cefe.2010.v9.n17.p75. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/4534. Acesso em: 6 abr. 2025.