“Favela ainda é senzala Jão” - VIOLÊNCIA E MORTE DE PESSOAS NEGRAS NO BRASIL: UMA LEITURA SOCIOJURÍDICA CRÍTICA

Autores

  • Edson Douglas Barreto da Silva Centro Universitário do Vale do Ipojuca
  • Fernando da Silva Cardoso Centro Universitário do Vale do Ipojuca

DOI:

https://doi.org/10.48075/revistacsp.v18i34.17133
Agências de fomento

Palavras-chave:

Violência. População Negra. Vulnerabilidade. Cidadania.

Resumo

O presente trabalho discute as intersecções entre violência e genocídio da população negra no Brasil a partir da análise do Relatório sobre morte de jovens negros elaborado pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional e os Mapas da Violência de 2015 e 2016. Assim, o objetivo geral do estudo consiste em compreender os marcadores presentes nos dados oficiais sobre morte de pessoas negras no Brasil, à luz dos estudos jurídicos críticos sobre raça. Os principais referenciais que balizaram a presente pesquisa foram: Coimbra (2006), Santos (2013), Galvão e Martins (2013), Werneck (2016) e Freitas (2012). Metodologicamente, trata-se de um estudo de abordagem mista e de caráter bibliográfico, explicativo e descritivo, instrumentalizado a partir de análise documental, lidos à luz da análise de conteúdo. A análise construída reforça premissas sobre a dificuldade em se apresentar, nos dados apreciados, indicadores de melhor qualidade sobre violência racial no Brasil. Por outro lado, constata, a partir das estatísticas, a forte relação entre segregação racializada e morte de pessoas negras; a institucionalização do racismo enquanto vetor da violência estatal e a sua justificação prática através dos autos de resistência. As conclusões também perfazem a ideia de que a pobreza é, por vezes, criminalizada, havendo, conforme análise dos dados, forte relação entre marcadores de violência, raça e classe nos índices de violência contra a população negra no Brasil.

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Biografia do Autor

Edson Douglas Barreto da Silva, Centro Universitário do Vale do Ipojuca

Graduado em Direito - Centro Universitário do Vale do Ipojuca.

Fernando da Silva Cardoso, Centro Universitário do Vale do Ipojuca

Doutorando em Direito - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2016). Mestre em Direitos Humanos - Universidade Federal de Pernambuco (2015). Pós-graduado em Direitos Humanos - Universidade Federal de Campina Grande (2015). Bacharel em Direito - Centro Universitário do Vale do Ipojuca (2012). Professor Assistente da Universidade de Pernambuco - Campus Arcoverde. Professor e Representante Setorial de Pesquisa do Curso de Direito do Centro Universitário do Vale do Ipojuca. Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre Direitos Humanos (GEPIDH-Mércia Albuquerque/UNIFAVIP). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Educação em Direitos Humanos da UFPE. Pesquisador do Grupo de Pesquisas sobre Democracia, Gênero e Direito (PUC-Rio/CNPq), de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania (UFPE/CNPq), Movimentos Sociais, Educação e Diversidade na América Latina (UFPE-CAA/CNPq) e do Diversiones - Grupo de Pesquisa sobre Direitos Humanos, Poder e Cultura em Gênero e Sexualidade (UFPE-CNPq).

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Publicado

01-01-2019

Como Citar

DA SILVA, E. D. B.; CARDOSO, F. da S. “Favela ainda é senzala Jão” - VIOLÊNCIA E MORTE DE PESSOAS NEGRAS NO BRASIL: UMA LEITURA SOCIOJURÍDICA CRÍTICA. Revista Ciências Sociais em Perspectiva, [S. l.], v. 18, n. 34, p. 1–31, 2019. DOI: 10.48075/revistacsp.v18i34.17133. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ccsaemperspectiva/article/view/17133. Acesso em: 28 mar. 2024.