Sobre a leitura heideggeriana de Nietzsche e a possibilidade de se pensar o sujeito a partir da vontade de poder

Autores

  • João Evangelista Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.48075/rd.v3i2.18629
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Resumo

O artigo tem o objetivo de explorar a interpretação que Heidegger faz da vontade de poder no pensamento de Nietzsche. Tendo em mente o fato de Heidegger desconsiderar o aspecto genealógico do tema em função de uma abordagem metafísica, vislumbra-se a possibilidade de, a partir da interpretação que Heidegger faz dos aforismos 485 e 489 do texto A vontade de poder, postular uma noção de sujeito de sentimento, o qual não seria o ego volo, tal como Heidegger propõe, pois consistiria numa unidade momentânea e não numa substância corpórea. Ainda que Müller-Lauter mencione uma unidade momentânea de vontades de poder dominantes, a hipótese das forças, com a qual Nietzsche pretende superar a metafísica, não permite unidade alguma que não seja uma ficção. O artigo termina com impossibilidade de pensar um sujeito que não seja ficção, pois até o sujeito de sentimento enquanto sentimento da realidade consiste numa ficção.

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Publicado

28-12-2017

Como Citar

FERNANDES, J. E. Sobre a leitura heideggeriana de Nietzsche e a possibilidade de se pensar o sujeito a partir da vontade de poder. Revista DIAPHONÍA, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 102–115, 2017. DOI: 10.48075/rd.v3i2.18629. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/diaphonia/article/view/18629. Acesso em: 28 mar. 2024.