Independência: libertação da arte na dimensão estética de Herbert Marcuse

Autores

  • Jair Soares De Sousa

DOI:

https://doi.org/10.48075/rd.v4i1.19814
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Resumo

Segundo Marcuse, a estética é componente essencial para o processo de liberdade da consciência e do comportamento dos indivíduos. É, em linguagem hegeliana, o libertar do espírito absoluto. Neste sentido, a arte configura-se como a fantasia, que faz com que o “aparente” possa revelar a essência das coisas. Essência aqui, é compreendida não como um campo metafísico, mas como desvelamento de questões, dentro de uma falsa verdade do (establishment), na totalidade das relações. Em termos dialéticos, a arte se manifesta diante das contradições internas e externas, buscando a contraposição com a representação da forma estética. Marcuse refuta as concepções de alguns “estetas marxistas ortodoxos” fazendo, pois, a defesa em relação à arte ao reconhecer que a mesma transcende as relações materiais. Ele ainda considera as correntes literárias do romantismo e do surrealismo fundamentais para despertar consciências críticas, e que a autonomia da arte (independência, liberdade e fantasia), integram o imperativo categórico segundo o qual as “coisas precisam mudar” contra o realismo dos estetas marxistas. Neste sentido, pretendemos expor a crítica de Marcuse aos estetas marxistas a fim de compreender a função crítica da arte para a luta de libertação.

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Publicado

29-06-2018

Como Citar

DE SOUSA, J. S. Independência: libertação da arte na dimensão estética de Herbert Marcuse. Revista DIAPHONÍA, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 56–69, 2018. DOI: 10.48075/rd.v4i1.19814. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/diaphonia/article/view/19814. Acesso em: 28 mar. 2024.