Essencialismo e crítica social n’ O Crime de Lorde Arthur Savile de Oscar Wilde

Autores

  • Nicole Elouise Avancini

DOI:

https://doi.org/10.48075/rd.v5i1.22774
Agências de fomento

Palavras-chave:

Oscar Wilde. Conto. Essencialismo. Crítica social.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar o conto O crime de lorde Arthur Savile, do escritor, poeta e dramaturgo irlandês Oscar Wilde, que narra as decisões tomadas pelo protagonista após ser indicado, por um quiromante, que seria o autor de um assassinato. Para tal, partimos do artigo Performative and Subversive: Oscar Wilde’s ‘Lord Arthur Savile’s Crime’ de Masahide Kaneda, que interpreta o conto a partir de conceitos da linguística e da semiótica de Ferdinand de Saussure. Nesse texto, é defendido que a estória representa um antiessencialismo, por ilustrar como a realidade é construída do mesmo modo em que se dá a estruturação da linguagem, isto é, de modo performativo, além de estar sujeita a interpretações arbitrárias. Neste trabalho, entretanto, pretendemos contra-argumentar tal posicionamento. Em nossa teorização, realizamos uma análise do contexto em que a obra foi escrita - a Inglaterra vitoriana do final do século XIX - e adotamos como base excertos do ensaio de Wilde A alma do homem sob o Socialismo, bem como algumas ideias apresentadas por Liam Lynch em seu artigo Complex Truth from Simple Beauty: Oscar Wilde’s Philosophy of Art. Com isso, enfatizamos, primordialmente, o aspecto de crítico social do escritor, propondo que ele acreditava, de fato, numa essência intrínseca humana a ser desenvolvida por meio da liberdade de ação. Por conseguinte, identificamos o conto como uma representação dessa sua visão, que tem como finalidade promover uma objeção aos valores impostos pela sociedade da época - exercendo, assim, seu papel de sátira.

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Publicado

01-07-2019

Como Citar

AVANCINI, N. E. Essencialismo e crítica social n’ O Crime de Lorde Arthur Savile de Oscar Wilde. Revista DIAPHONÍA, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 71–83, 2019. DOI: 10.48075/rd.v5i1.22774. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/diaphonia/article/view/22774. Acesso em: 28 mar. 2024.