UMA ANÁLISE DA LINGUAGEM NO REFERENCIAL CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

Autores

  • Adão Aparecido Molina
  • Angela Mara de Barros Lara

DOI:

https://doi.org/10.17648/educare.v13i28.14134
Agências de fomento

Palavras-chave:

Políticas neoliberais. Políticas educacionais. Infância e Linguagem.

Resumo

Este texto discute o Referencial Curricular para a Educação Infantil no contexto das Políticas Educacionais da década de 1990, no Brasil. O objetivo é analisar o conteúdo de linguagem proposto como trabalho didático para crianças de 4 a 6 anos. A apropriação da teoria de Vygotsky pelas políticas neoliberais e sua incorporação às propostas educacionais atuais têm sido motivo de muitas reflexões, pois na década de 1990 a educação e a infância passaram a ser foco das atenções dos governantes e das políticas públicas. Para esclarecer as contradições presentes no processo de produção material da vida humana, desse período, apresentamos as categorias históricas de Marx que fundamentam a concepção materialista da história e de Vygotsky, que utilizou a mesma metodologia para criar a teoria histórico-cultural da psique humana. Fundamentamos a linguagem nessa teoria e analisamos a concepção de linguagem proposta no Referencial. A análise mostrou que existe uma utilização de parte das ideias de Vygotsky; entretanto, sua teoria é desconsiderada. Ele é visto como um autor construtivista. Essa apropriação de parte de suas ideias caracteriza uma ressignificação de conteúdos e uma utilização ideológica de sua teoria. A análise apontou, ainda, na proposta didática com a linguagem falada e escrita, no Referencial, uma aproximação com os conteúdos trabalhados em séries mais avançadas do ensino fundamental.

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Publicado

01-10-2018

Como Citar

MOLINA, A. A.; LARA, A. M. de B. UMA ANÁLISE DA LINGUAGEM NO REFERENCIAL CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL. Educere et Educare, [S. l.], v. 13, n. 28, p. DOI: 10.17648/educare.v13i28.14134, 2018. DOI: 10.17648/educare.v13i28.14134. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/educereeteducare/article/view/14134. Acesso em: 29 mar. 2024.