A FICÇÃO E A REALIDADE: A IMAGEM DA POLÍCIA NA LITERATURA DOS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA BRASILEIRA (1889-1910)

Autores

  • Eduardo Manoel de Brito

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v8i15.1149

Resumo

No presente artigo apresento resultados iniciais da pesquisa A imagem da polícia na literatura brasileira, na qual identifico e examino as imagens desta instituição elaboradas por escritores brasileiros em três momentos da história: os primeiros anos da república brasileira (1889-1910), a Era Vargas (1935-1945) e os anos de chumbo da ditadura civil-militar brasileira chegando até a abertura política (1969-1985). As imagens que compõem a primeira fase da pesquisa foram extraídas de obras de Machado
de Assis, Aluízio de Azevedo, Lima Barreto e Jõao do Rio e foram publicadas nos anos em que tanto havia uma reforma política no Brasil (a passagem do sistema monárquico para o republicano), quanto estava em curso uma tentativa de reforma da instituição policial, tendo em vista a inserção de aspectos ditos mais científicos de investigação e de punição. O levantamento e a análise dos textos permite aquilatar as críticas feitas pelos escritores da época ao literaturizarem uma instituição problemática porque era eivada de preconceitos, atrasos e resistente a inovações. Além disso, aspectos ainda hoje presentes na crítica à polícia, tais como a violência desproporcional e a corrupção, comparecem na literatura produzida no período e possibilitam uma compreensão mais ampla da realidade policial desde o ponto de vista da arte literária.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

BRITO, E. M. de. A FICÇÃO E A REALIDADE: A IMAGEM DA POLÍCIA NA LITERATURA DOS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA BRASILEIRA (1889-1910). Línguas & Letras, [S. l.], v. 8, n. 15, p. p. 119–129, 2000. DOI: 10.5935/rl&l.v8i15.1149. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/1149. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários