COMPORTAMENTO LINGUÍSTICO DE ITALODESCENDENTES EM CASCAVEL/PR

Autores

  • Wânia Cristiane Beloni
  • Sanimar Busse
Agências de fomento
Capes

Palavras-chave:

talian, língua italiana padrão, crenças e atitudes

Resumo

A manutenção e preservação de uma variedade linguística estão ligadas a questões históricas, as quais, consequentemente, delineiam as crenças e atitudes de uma comunidade. Dependendo do grupo em que o falante está inserido, sua forma de se comunicar pode ser estigmatizada ou prestigiada. Sendo assim, além de fatores históricos, os componentes cognoscitivos, afetivos e emocionais, os quais estão ligados à forma de pensar, sentir e avaliar, são determinantes para que uma variedade linguística se mantenha ou não. É preciso considerar, portanto, que o processo de imigração dos italianos e de migração dos descendentes dessa etnia até chegarem a Cascavel é relevante para que se possa entender como os fatores históricos influenciam nas crenças e atitudes da comunidade italiana de frente sulista neste município. Além disso, Frosi, Faggion e Dal Corno (2010) vinculam as atitudes linguísticas também aos fatores sociais idade e gênero. Sendo assim, com o objetivo de demonstrar o comportamento de alguns descendentes de italianos em Cascavel perante a língua de seus antepassados foram selecionados 18 informantes, italodescendentes de colonização sulista e que moram nesta localidade há mais de 30 anos ou que nasceram nesta cidade, os quais foram distribuídos nas seguintes dimensões: diageracional e diassexual. A partir disso, foram realizadas entrevistas individuais, por meio da aplicação de um questionário semidirigido e os dados oportunizam verificar o comportamento linguístico e cultural da comunidade de descendentes de italianos de frente sulista, ou seja, daqueles que vieram do Rio Grande do Sul e/ou Santa Catarina. Constatamos que os níveis de bilinguismo variam dependendo de fatores sociais, como sexo e faixa etária, assim como de fatores históricos. A língua é uma das formas de expressão de uma cultura, no entanto, uma comunidade étnica não pressupõe a existência de uma comunidade de fala.

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Publicado

31-05-2016

Como Citar

BELONI, W. C.; BUSSE, S. COMPORTAMENTO LINGUÍSTICO DE ITALODESCENDENTES EM CASCAVEL/PR. Línguas & Letras, [S. l.], v. 17, n. 35, 2016. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/11547. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: ESTUDOS LINGUÍSTICOS: VARIAÇÃO, DIVERSIDADE E ENSINO