SEMIÓTICA TENSIVA: FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Autores

  • Conrado Moreira Mendes
Agências de fomento

Palavras-chave:

Semiótica francesa. Tensividade. Fundamentos teóricos.

Resumo

Considerando-se o presente dossiê temático, que visa a estabelecer um panorama sobre estudos teórico-metodológicos de diversas teorias do discurso, apresentam-se, neste artigo, os principais fundamentos teóricos da semiótica tensiva. Desenvolvimento atual da semiótica de linha francesa, tal vertente teórica, desenvolvida sobretudo pelo semioticista francês Claude Zilberberg, pode ser caracterizada por, em linhas gerais, conceder lugar privilegiado à continuidade e à afetividade no discurso. A semiótica, disciplina cujo objeto de estudo é a significação, possui uma base interdisciplinar que faz dela uma das mais avançadas teorias do texto/discurso da atualidade. Uma das disciplinas de que se valeu para configurar-se como disciplina foi a fenomenologia, a qual vem sendo resgatada nas últimas décadas pelos estudos semióticos. Essa virada fenomenológica, dentro da qual se insere a semiótica tensiva, implica uma mudança em que o aspecto sensível da significação se sobrepõe ao inteligível. Desse modo, o presente artigo apresenta em primeiro lugar, a relação entre semiótica e fenomenologia, destacando o conceito merleau-pontyano de campo de presença. Em seguida, aborda a questão da continuidade e do afeto na teoria e, finalmente, apresenta seus principais fundamentos teóricos e metodológicos, cujo principal instrumento analítico é o espaço tensivo, resultado da projeção do eixo intensidade (estados de alma) sobre o eixo da extensidade (estados de coisas). Assim, a semiótica tensiva, que encontra na França e no Brasil seus principais polos de desenvolvimento, emerge como uma perspectiva teórica cada vez mais sólida para dar conta de fenômenos textuais e discursivos, caracterizados pela instabilidade, pela afetividade e pelo fortuito.

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Publicado

16-12-2015

Como Citar

MENDES, C. M. SEMIÓTICA TENSIVA: FUNDAMENTOS TEÓRICOS. Línguas & Letras, [S. l.], v. 16, n. 34, 2015. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/11641. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Estudos Linguísticos