A DISCURSIVIZAÇÃO DE UM CORPO QUE (NÃO) PARA

Autores

  • Glaucia da Silva Henge
Agências de fomento

Palavras-chave:

discurso, memória, corpo

Resumo

Ao tomar duas peças publicitárias, “menino-sofá” e “seu corpo não foi feito para ficar parado”, discuto, a partir da perspectiva da Análise de Discurso francesa, a contradição presente na discursivização do corpo, naquilo que prefiro chamar de dialética do corpo contemporâneo, marcada por velocidade/lentidão, movimento/estagnação, liberdade/aprisionamento. O discurso midiático, e mais precisamente, neste caso, o discurso publicitário emerge como a atualização de enunciados que remetem ao delineamento dos saberes sobre a sociedade capitalista e os seus impactos sobre o sujeito, interdito em seus movimentos e instigado a não parar pelo excesso de atividades. Assim, pelo trabalho da memória, desenvolvo a relação entre memória discursiva, enquanto rede de reformulações em seus efeitos de repetição, negação, transformação de já-ditos, e a forma-sujeito contemporânea, alcançando, desta forma, uma descrição do movimento de discursivização do corpo contemporâneo interpelado pela ideologia a significar-se como tal. 

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Publicado

20-07-2015

Como Citar

HENGE, G. da S. A DISCURSIVIZAÇÃO DE UM CORPO QUE (NÃO) PARA. Línguas & Letras, [S. l.], v. 16, n. 32, 2015. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/11939. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: ESTUDOS DOS DISCURSOS: GESTOS ANALÍTICOS DE DIFERENTES MATERIALIDADES DISCURSIVAS