A DIÁSPORA PORTUGUESA EM TRÊS ROMANCES DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA: PONTOS E CONTRAPONTOS
DOI:
https://doi.org/10.5935/rl&l.v18i40.12111Palavras-chave:
mal-estar, diáspora portuguesa, romance português contemporâneoResumo
Em O retorno (2011), Dulce Maria Cardoso convida-nos a conhecer a história de Rui, um adolescente “retornado” de Angola que, junto a sua família, é obrigado a recomeçar a vida em Portugal Continental, a partir de uma situação financeira precária e limitada. O cenário é a década de 70 e o conturbado período de retorno de mais de meio milhão de cidadãos portugueses, durante a descolonização dos antigos territórios ultramarinos em África. Neste artigo, analisamos a temática da diáspora na literatura portuguesa contemporânea, considerando como ponto de partida o contexto sociocultural constante no livro O retorno. Para tanto, estabelecemos uma ponte, dentro de uma perspectiva comparatista, com dois outros romances que, de maneira diversa ou semelhante, tratam do mesmo tema: Pouca terra...Poucá terra, de Júlia Nery (1984), que traz para o centro da narrativa a história dos emigrantes portugueses na França, a partir da óptica de uma garota de nome Leonor, e Livro, de José Luís Peixoto (2012), que tem como foco central, dentre a multiplicidade de temas, o cenário da emigração em França e os desencontros amorosos entre dois jovens enamorados: Ilídio e Adelaide. O objetivo é traçarmos um panorama, iluminado pelos estudos culturais, que nos leve a compreender mais amplamente algumas questões que atravessam o romance de Dulce Maria Cardoso e, que, também presentes nos dois livros em pauta, dão-nos a medida da própria formação do romance português contemporâneo, a refletir a ideia de uma nação habituada, desde o seu passado mais remoto, a uma condição de mal-estar próprio dos que estiveram à mercê da fatídica experiência diaspórica.
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