A LÍRICA GALEGO-PORTUGUESA E A POESIA AMOROSA SEISCENTISTA: ARTES DE AMAR, CANTIGAS E CANTOS ESCRITOS

Autores

  • Marcelo Lachat
Agências de fomento

Palavras-chave:

literatura portuguesa, poesia seiscentista, lírica galego-portuguesa, artes de amar

Resumo

Neste artigo, discutem-se relevantes ecos da lírica profana galego-portuguesa na poesia lírico-amorosa produzida em Portugal no século XVII. Visando a esse objetivo principal, são ressaltadas algumas especificidades tanto da lírica dos trovadores quanto da poesia dos anos Seiscentos: em particular, o caráter fundamentalmente musical das cantigas contraposto ao fundamentalmente escrito dos poemas seiscentistas. Assim, essa contraposição indica que são composições de tempos diferentes (predominantemente, dos séculos XIII e XVII) e com concepções poéticas diversas. No entanto, são composições que também se aproximam em muitos aspectos e cujas semelhanças, em especial quando se trata do gênero lírico, apontam para similares buscas da perfeita prática do amor, delineando “artes de amar” entendidas como preceitos técnico-amorosos que, não sistemáticos, são praticados em poesia. Neste trabalho, pretende-se mostrar que esses amores poéticos são elaborados tecnicamente e, enquanto construtos históricos, são diversos, porque marcados pelos seus peculiares momentos de realização, mas que não são amores isolados no tempo. Como já mencionado, se as cantigas do trovar são essencialmente musicais, os poemas seiscentistas, conforme a preceptiva poética predominante no século XVII, são essencialmente escritos; porém, nestes cantos escritos ressoam aquelas cantigas e, nuns e noutras, leem-se e ouvem-se semelhantes preceitos de amar, como em labirintos sem saída de ecos de amor.

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Publicado

12-07-2016

Como Citar

LACHAT, M. A LÍRICA GALEGO-PORTUGUESA E A POESIA AMOROSA SEISCENTISTA: ARTES DE AMAR, CANTIGAS E CANTOS ESCRITOS. Línguas & Letras, [S. l.], v. 17, n. 36, 2016. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/13254. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários