TRANSPOSIÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES FEMININAS DO VELHO PARA O NOVO MUNDO
Palavras-chave:
Antropofagia, Choques culturais, Representações do femininoResumo
: presente artigo se propõe realizar uma análise relacionada à representação feminina nos primeiros textos produzidos em solo Americano, no período do “descobrimento” da América e primeiros contatos entre as culturas. Os principais textos de cronistas abordados são: Jean de Léry, Viagem à Terra do Brasil, de 1578; Hans Staden e Suas viagens e captiveiro entre os selvagens do Brasil, de 1557; João de Azpilcueta Navarro, Cartas avulsas, de 1551; e Simão de Vasconcelos, com Cronica da Companhia de Jesus do Estado de Brasil, de 1663. Nessa abordagem nosso interesse é trazer à memória as formas como reagiram os europeus frente às diferenças culturais existentes no choque entre as culturas, especialmente frente à prática do canibalismo por parte dos autóctones, e a forma como os europeus transmitiram, pela escrita, essas experiências a seus conterrâneos. Apontando especificamente sobre a forma como são representadas as mulheres nos relatos em questão, sendo também trazidas algumas gravuras, produzidas à época dos primeiros contatos, que permitem a vinculação direta da autóctone que pratica o ritual antropofágico com a figura da bruxa que permeava o imaginário popular europeu da época. Auxiliam na fundamentação teórica do trabalho proposto: Manuel Fernández Álvarez, com Casadas, monjas, rameras y brujas: la olvidada historia de la mujer española en el renacimiento (2002); Thomas Bonnici, com No limite da feminilidade: assassinas e bruxas – a mulher na sociedade inglesa dos séculos XVI e XVII (2003); e Kramer e Sprenger, com O Martelo das Feiticeiras (1486).
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