Da Palavra Falada à Mão em Movimento: a Constituição do Sujeito na/pela Língua Brasileira de Sinais
Palavras-chave:
LIBRAS, Estado, Sujeito.Resumo
Neste estudo buscamos refletir sobre as necessidades educacionais que o sujeito que se constitui na e pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) possui e como o Estado, enquanto responsável pela educação desse sujeito, se coloca frente a essa questão. Para tanto, partiremos do discurso presente na Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e do capítulo IV do Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005, que disserta sobre o uso e a difusão da LIBRAS e da língua portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação. A fundamentação teórica tomada por base neste artigo é da Análise de Discurso de Linha Francesa (AD) originada por Pêcheux na França e estruturada no Brasil pelo grupo da professora Eni Orlandi. A AD concebe a língua funcionando para a produção de sentidos. Além disso, também nos embasarão, bibliografias referentes à Politica de Língua e a História das Ideias Linguísticas (HIL).
Referências
ACHARD, Pierre. 1989. Um ideal monolíngue. In: Vermes, Geneviéve.; Boutet, Josiane. (orgs.) Multilingüismo. Tradução de Tânia Alkmin. Campinas, SP: Editora da Unicamp.
ARAÚJO, Laíne Reis. Inclusão Social do Surdo: Reflexões sobre as Contribuições da Lei 10.436 á Educação, aos Profissionais e á Sociedade Atual. Disponível em:< http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/inclusão-social-do-surdo-reflexões-sobre-contribuições-da-lei-10436-á-educação-aos-profissi > Acesso em: 26 de novembro de 2016.
BRASIL. Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10436.htm >. Acesso em: 24 de novembro de 2016.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm >. Acesso em: 24 de novembro de 2016.
BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024: Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014. Disponível em:< http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento-referencia.pdf >. Acesso em: 14 de dezembro de 2016.
CERQUEIRA, I. M. O Acesso do Surdo Ka’apor em sua Comunidade Indígena à Educação: uma discussão de inclusão. VII Jornada Internacional de Políticas Públicas- UFMA. Maranhão, 2015.
FERNANDES, Andressa, CORREA, Ana Paula. O Povo (de) Getúlio Vargas: Construindo um Imaginário Presidencial Populista. Santa Maria, 2016.
GODOI, P; SANTOS, M. F; SILVA, V. F. Língua Brasileira de Sinais no Contexto Bilíngue. Tupã, 2013.
GUIMARÃES, E. Enunciação e política de línguas na Brasil. Letras (Santa Maria), v. 27, p. 47-54, 2006.
GRIGOLETTO, E. Do lugar social ao lugar discursivo: o imbricamento de diferentes posições-sujeito. In: INDURSKY, Freda; LEANDRO FERREIRA, Maria Cristina. (Org.). A Análise do Discurso no Brasil: mapeando conceitos, confrontando limites. São Carlos: Clara Luz, 2007, v., p. 123-134.
KESSLER, Themis. Tese de doutoramento: A Surdez que se faz Ouvir: Sujeito, Língua, Sentido. Universidade Federal de Santa Maria, 2008.
MARIANI, Bethania. Colonização linguística. Campinas: Pontes Editores, 2004.
MASCIA, Maria Aparecida, SILVA JÚNIOR, Alcebíades Nascimento. Embates de Línguas e Embates Identitários: a constituição identitária do sujeito surdo no entremeio. In: Prof. José S. de Magalhães e Luiz Carlos Travaglia. (Org.). Múltiplas Perspectivas em Linguística. 1ed. UFU: Ed da UFU ILEEL, 2008, v. 1.
MENEZES, Ebenezer Takuno de. SANTOS, Thais Helena dos. "LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)" (Verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira. Educa Brasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2006.
ORLANDI, E. P.A linguagem e seu funcionamento. São Paulo: Braslliense, 1983.
ORLANDI, E. P. Do sujeito na história e no simbólico. Escritos nº 4. Campinas, SP: publicação do Laboratório de Estudos Urbanos Nudecri/LABERURB, maio, 1999.
ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: Princípios e procedimentos. 12. ed. Campinas: Pontes, 2015.
ORLANDI, E. P. Língua e Nação: uma questão e seu quadro de referência teórico. Língua e Instrumentos Linguísticos, 2009.
ORLANDI, E. P. Discurso em Análise: Sujeito, Sentido, Ideologia. Campinas: Pontes, 2012.
PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso. In: GADET, Françoise; HAK, Tony.(orgs). Por uma análise automática do discurso. Tradução de Bethania Mariani et al. 2. ed. Campinas: Editorada Unicamp, 1993.
PEREIRA, Éverton Luís. Tese de doutoramento: Fazendo cena na cidade dos mudos: surdez, práticas sociais e uso da língua em uma localidade no sertão do Piauí. Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Brasil, 2013.
PIZZIO, Aline. et al. Língua Brasileira de Sinais VI. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2010.
QUADROS, Ronice Muller, SHIMIEDT, Magali L.P. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
SALLES, Heloísa. et al. Ensino de língua portuguesa para surdo : caminhos para a prática pedagógica.Brasília : MEC, SEESP, 2004.
STUMPF, Marianne Rossi. Conferência: Constituição política, social e cultural da Libras. Circulo de Estudos Linguísticos do Sul - XII Encontro - 2016. Disponível em:< http://celsul2016.ufsm.br/index.php/8-noticias/47-assista-as-conferencias-e-mesas-redondas-do-celsul >. Acesso em: 14 de dezembro de 2016.
WILLERD & MADSEN. Você Precisa Ser Surdo Para Entender. 2012. Disponível em:< http://comunicardicionariolibras.blogspot.com/2012/05/nancy-rourke-normal-0-21-false-false.html?m=1 >. Acesso em: 23 de novembro de 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.