HISTÓRIA E LITERATURA: TRADIÇÃO, MERCANTILISMO E NOVIDADE NO RELATO DE CAMINHA

Autores

  • Zélia Maria Viana PAIM

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v10i19.2424

Palavras-chave:

relato de viagem, apropriação, maravilhoso.

Resumo

Neste estudo analisamos o relato de Caminha, entendendo que o relato de viagem constitui-se no entremeio da história e da literatura. Essa aproximação entre estas formas de conhecimento ou discursos sobre o mundo dilui fronteiras. A relação de aproximação e distanciamento faz emergir no discurso em análise elementos constitutivos desses campos de conhecimento. A Carta de Caminha é parte do processo histórico de constituição do outro e de apropriação do espaço descoberto. Tal como outros viajantes o escrivão valeu-se da tradição para dar conta do novo. Historicamente o relato de viagem servia para contar aos reinos e às confrarias do sucesso de seus investimentos. Embora cumprisse uma praxe e seu discurso tivesse um tom oficial, foi também com elementos do maravilhoso que Caminha descreveu os acontecimentos do tempo presente da chegada à terra. Assim, visão e apropriação, mito e maravilhoso constituem esse discurso que se insere tanto na história e quanto na literatura.

 


 

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

PAIM, Z. M. V. HISTÓRIA E LITERATURA: TRADIÇÃO, MERCANTILISMO E NOVIDADE NO RELATO DE CAMINHA. Línguas & Letras, [S. l.], v. 10, n. 19, p. p. 119–137, 2000. DOI: 10.5935/rl&l.v10i19.2424. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/2424. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários