A PROBLEMÁTICA DA FORTUNA CRÍTICA DE MEMORIAL DE AIRES

Autores

  • Adriana da Costa TELES

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v10i19.2432

Palavras-chave:

Machado de Assis, Memorial de Aires, crítica literária.

Resumo

Memorial de Aires, último romance de Machado de Assis (1908), possui uma fortuna crítica bastante curiosa. Produzido em um momento considerado delicado na vida de Machado, quando este se encontrava viúvo e doente, Memorial foi recebido pela crítica como uma obra decadente e nostálgica, um tom dissonante na produção madura do escritor. Tal concepção crítica cristalizou-se em torno do romance e gerou um discurso previsível e longamente repetido. No entanto, os textos críticos que defendem tal postura frente ao Memorial convivem com outros que, ao discutirem o romance, mostram uma concepção bastante diferenciada do texto. Destoando dessa visão tradicional, concebem Memorial como expressão do mesmo escritor irônico e astuto de outras obras da fase madura do escritor. Essa fortuna crítica contraditória e inconstante, ao mesmo tempo em que confunde um leitor menos avisado, aponta para diferentes conceitos crítico-metológicos que predominaram ao longo do século XX. O objetivo desse artigo é discutir o caráter contraditório e inconstante dessa fortuna crítica à luz de reflexões sobre o próprio percurso que a crítica literária tomou ao longo do último século.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

TELES, A. da C. A PROBLEMÁTICA DA FORTUNA CRÍTICA DE MEMORIAL DE AIRES. Línguas & Letras, [S. l.], v. 10, n. 19, p. p. 249–262, 2000. DOI: 10.5935/rl&l.v10i19.2432. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/2432. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários