A FORÇA CENTRÍPEDA DA POESIA LIRÍCA

Autores

  • Luzia Aparecida Berloffa Tofalini

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v12i22.5773

Palavras-chave:

romance lírico, angústia, símbolos, imagens.

Resumo

Este estudo investiga os motivos e os modos de confluência da poesia lírica e da prosa, no romance, Húmus, de Raul Germano Brandão, escritor português do século XX. Quanto maior for a sensibilidade do homem, mais ele entende o mistério de a poesia estar na essência daquilo que é dito e não em determinadas formas. No lírico predominam o sentimento, a emoção, a subjetividade, a expressão do ‘eu’, porque a matéria lírica é, exatamente, o mundo subjetivo. O homem moderno é um sujeito angustiado, uma vez que assiste à fragmentação da sua integridade, ou seja, sua identidade está sendo deslocada. Mas tal angústia não pode ser expressa por palavras comuns, porque elas não conseguem traduzir toda a intensidade da dor humana. A expressão da inquietude profunda que oprime o ser exige a presença do lírico. Na medida em que faz poesia, o texto romanesco desdobra-se como espaço de experimentação, de configurações variadas, de recursos múltiplos, que substitui a unidade do enunciador pela pluralidade dos enunciados e assimila inúmeros recursos próprios do fazer poético tais como metáforas, símbolos, imagens e alegorias, tornando fluidas as fronteiras entre a poesia e a prosa. Afinal, na verdade, é a linguagem da poesia que faz com que a literatura exista.

 

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Publicado

17-11-2011

Como Citar

TOFALINI, L. A. B. A FORÇA CENTRÍPEDA DA POESIA LIRÍCA. Línguas & Letras, [S. l.], v. 12, n. 22, 2011. DOI: 10.5935/rl&l.v12i22.5773. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/5773. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários