TEIA DE ARANHA: UM RELATO SENTIMENTAL SOBRE O CINEMA DE AKIRA KUROSAWA E OUTRAS ARTES

Autores

  • Alexandre Lúcio Sobrinho

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v6i11.872

Resumo

Enquanto um fantasma branco de um velho ou de uma mulher demoníaca fia uma linha translúcida e frágil em uma tenda, um samurai poderoso, com um punho fortemente cerrado sobre sua espada, percebe que seu destino está sendo desenrolado ali, e partir-se-á tão facilmente quanto o fio de uma teia de aranha. Um outro samurai, não tão jovem, mas com uma espada em riste, derrama seu sangue em terra familiar. Um menino e uma menina têm de vestir máscaras demoníacas a fim de sobreviver em um mundo que não permite a doçura. Estes são alguns dos personagens e dos temas encontrados freqüentemente na obra de Akira Kurosawa; motivos sinistros e dolorosos, recusados geralmente por mentes comuns, mas abraçados com coragem pelo gênio brilhante e sensível que transforma tudo isto em arte e beleza. Isto é o que procuraremos nesse ensaio: o casamento da beleza com o sofrimento em seus filmes, como aconteceu também em sua vida e foram encenados em seus filmes com suas leituras prediletas, as pinturas que admirava, a música da qual gostava, como uma parte essencial do trabalho científico, como disse Fritjoff Capra, n’O Tao da Física, refere-se a minha vida também, pois era inevitável, sendo um fotógrafo deste casamento como fui.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

SOBRINHO, A. L. TEIA DE ARANHA: UM RELATO SENTIMENTAL SOBRE O CINEMA DE AKIRA KUROSAWA E OUTRAS ARTES. Línguas & Letras, [S. l.], v. 6, n. 11, p. p. 57–72, 2000. DOI: 10.5935/rl&l.v6i11.872. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/872. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Linguagem, Literatura e Cinema