A LIBERDADE RESTRITA DO AEDO HOMÉRICO

Autores

  • Christian Werner

DOI:

https://doi.org/10.5935/rl&l.v6i11.878

Resumo

O presente artigo tem como objetivo discutir a posição do aedo profissional nos poemas homéricos, em especial, na Odisséia, da qual serão examinados os percursos de Fêmio e do aedo de Micenas. Nosso interesse principal será verificar de que forma o trabalho do aedo encontra-se condicionado por duas variáveis principais: a tradição, que, na sua acepção sacra, denomina-se Musa, e o poder político, qual seja, aquele dos reis e nobres aos quais os aedos se subordinam. Defenderemos a tese de que, por menor que seja, há um espaço de liberdade do qual o aedo pode lançar mão, seja em relação à tradição, já que diferentes ocasiões de performance e, conseqüentemente, de público, influenciam razoavelmente no modo como ele conta determinada história tradicional, seja em relação às estruturas de poder, quando, porém, a independência do aedo pode se manifestar justamente na recusa de mudar seu canto.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

WERNER, C. A LIBERDADE RESTRITA DO AEDO HOMÉRICO. Línguas & Letras, [S. l.], v. 6, n. 11, p. p. 171–181, 2000. DOI: 10.5935/rl&l.v6i11.878. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/878. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários