DRUMMOND E PAUL KLEE: UM DIÁLOGO ENTRE OLHARES

Autores

  • Thatiane Prochner
  • Marly Catarina Soares
Agências de fomento

Palavras-chave:

Gaucherie, Drummond, Anjos de Klee.

Resumo

Ao se pensar em Drummond, de imediato o termo que se lhe associa é o gauche, palavra que consagrou o poeta modernista com os versos inicias de Alguma Poesia. Tal comportamento, pois seria então um comportamento e não somente uma mera definição objetiva do vocábulo, é sugerido pelo anjo torto que vive na sombra, e esta designação prevalece diante das circunstâncias. O anjo espia o poeta, da sombra, mas em dois momentos específicos faz-se presente na vida do sujeito lírico: em seu nascimento como menino e em seu nascimento como poeta. A perspectiva do olhar gauche modifica-se ao longo de sua trajetória, o poeta se vê diante do mundo como ser maior, menor ou igual a este, segundo Sant’Anna (1992). Colocando-se no mundo, o gauche é, além de observador, um experienciador, e seu olhar mais maduro compara-se aos olhares rasgados dos anjos de Klee, conforme Cançado (2006). Portanto, o diálogo que se faz aqui entre o poeta modernista e o pintor suíço do movimento impressionista de vanguarda pretende observar e analisar através da noção da gaucherie os anjos das pinturas, com o intuito de ilustrar de que modo a poesia de Drummond se mostra como arte efetiva, no processo de construção literária e de constituição de um sujeito símbolo do universo moderno e pós-moderno.

 

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Publicado

17-12-2014

Como Citar

PROCHNER, T.; SOARES, M. C. DRUMMOND E PAUL KLEE: UM DIÁLOGO ENTRE OLHARES. Línguas & Letras, [S. l.], v. 15, n. 30, 2014. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9795. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários