ÚRSULA NA CONTRAMÃO DO ROMANTISMO BRASILEIRO. UM ENSAIO DE ESTÉTICA COMPARADA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i27.24420
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Palavras-chave:

Romantismo, Maria Firmina dos Reis, Antiescravismo, Cor local, Intertextualidade

Resumo

O artigo analisa as intertextualidades de Úrsula (1859), de Maria Firmina dos Reis, ressaltando como a autora se valeu de princípios estéticos centrais do romantismo europeu para fins próprios de representação. Um tratamento detido do capítulo 1 do romance mostra uma substituição clara dos imperativos da cor local de Gonçalves de Magalhães e José de Alencar pela representação do que o Império do Brasil realmente era: mais do que um cenário inócuo de fauna e flora exuberantes, era uma terra historicamente manchada pela escravidão e pela tirania dos mandatários. Assim, Firmina dos Reis escreve o primeiro romance antiescravista brasileiro a partir dos desafios alencarianos de representação nacional; seu trabalho minucioso com teorias e ideias em curso a tornam uma inteligência inovadora dentro do romantismo.

Biografia do Autor

Felipe Vale da Silva, Nenhuma

Doutor em Letras (Literatura Alemã) pela Universidade de São Paulo e Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg. Desenvolveu pós-doutorado em afroamericanística pela Universidade Federal de Goiás.

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Publicado

06-08-2020

Como Citar

SILVA, F. V. da. ÚRSULA NA CONTRAMÃO DO ROMANTISMO BRASILEIRO. UM ENSAIO DE ESTÉTICA COMPARADA. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 16, n. 27, p. 201–225, 2020. DOI: 10.48075/rlhm.v16i27.24420. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/24420. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: MANIFESTAÇÕES DE RE-EXISTÊNCIA: A LITERATURA EM TEMPOS DE REPRESSÃO