ESCREVIVÊNCIAS DA PÓS-COLONIALIDADE: MEMÓRIA E VIOLÊNCIA NOS BECOS DA MEMÓRIA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO

Autores

  • Tarik Mateus Adão da Costa de Almeida Universidade Estadual de Maringá.
  • Gabriela Soares Nogueira Andreatti Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i27.24715
Agências de fomento

Palavras-chave:

Escrevivência, Memória, Violência, Estudos Pós-Coloniais,

Resumo

O presente artigo propõe-se a realizar uma leitura da obra Becos da Memória, de Conceição Evaristo, tendo como principal referência o conceito de escrevivência, desenvolvido por esta escritora. Propomo-nos a debater a forma como Maria-Nova resgata o próprio passado como um ato de resistência contra a opressão e o silenciamento impostos pelas classes dominantes na pós-colonialidade. A escrevivência tornou-se um conceito chave para a compreensão das narrativas contemporâneas desenvolvidas por escritoras negras, porque estabelece um parâmetro que, não só representa os marginalizados da sociedade brasileira, dando voz a eles, mas corrobora para a denúncia de um sistema que oprime e silencia o povo negro do Brasil. Além disso, interessa-nos investigar, nesse texto literário, manifestações de violência, tendo como ponto de partida o princípio de que esta temática atravessa a história de sociedades pós-coloniais, como o Brasil. Dessa forma, pretendemos evidenciar como essas manifestações atravessam esse romance, desembocando em processos de descolonização. Nesse sentido, convoca-se autores como Thomas Bonicci (1998), Homi Bhabha (1983) e Gayatri Spivak (1985) em suas discussões sobre pós-colonialismo e sobre o sujeito colonizado, além de autores como Franz Fanon (1990) e Michael Pollak (1989), que serão de grande importância para a constituição de nossa análise.

Biografia do Autor

Tarik Mateus Adão da Costa de Almeida, Universidade Estadual de Maringá.

Possui Graduação em Letras Língua Portuguesa e Literaturas Correspondentes pela Universidade Estadual de Maringá. É mestrando em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Letras desta mesma universidade, dentro da linha de pesquisa de Literatura e Construção de Identidades. Tem experiência na área de Letras com ênfase em literaturas de língua portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Literatura Comparada; Estudos Pós-Coloniais; Arte e Sociedade.

Gabriela Soares Nogueira Andreatti, Universidade Estadual de Maringá

Aluna do Programa de Mestrado da Universidade Estadual de Maringá, desenvolvendo a dissertação "A memória e a representação feminina no obra de Milton Hatoum". Formada com Láurea acadêmica em Letras Português/Inglês, pela Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: romance, memória, intertextualidade, paródia e fotografia.

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Publicado

06-08-2020

Como Citar

ADÃO DA COSTA DE ALMEIDA, T. M.; SOARES NOGUEIRA ANDREATTI, G. ESCREVIVÊNCIAS DA PÓS-COLONIALIDADE: MEMÓRIA E VIOLÊNCIA NOS BECOS DA MEMÓRIA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 16, n. 27, p. 226–243, 2020. DOI: 10.48075/rlhm.v16i27.24715. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/24715. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: MANIFESTAÇÕES DE RE-EXISTÊNCIA: A LITERATURA EM TEMPOS DE REPRESSÃO