ECOS DA MEMÓRIA NA NARRATIVA DE LIBERTAD DEMITRÓPULOS

Autores

  • María Alejandra Nallim

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v7i9.5841

Palavras-chave:

Romances da reescrita, Narrativa das memórias, Projeto descolonizador, Cartografia de Demitrópulos.

Resumo

A produção literária da escritora Liberdade Demitrópulos, de Jujuy/Argentina, ocupa um lugar significativo no sistema literário argentino e latino americano ao potencializar uma saga narrativa de ruptura que se desloca nos projetos descolonizadores nacionais e continentais. Revela, em suas ficções, os arquivos históricos e geoculturais desde onde irrompem os simulacros indenitários e os imaginários apócrifos da Nação-Estado. Seu romancear configura um emaranhado textual complexo que acolhe o murmúrio popular e entretece os cruzamentos genéricos com o propósito de recuperar a heterogeneidade das narrações pretéritas no concerto polifónico da cultura. Desenha, além disso, geografias imaginárias insurretas mediante a reescrita da memória, o passado localiza-se nas zonas fronteiriças do país onde se removem os arquivos históricos e se desconstrói as variantes da “intra-histórica” como da “trans-história”, com o objeto de transgredir os estatutos para valer e o monologismo da História. No presente trabalho aspiramos traçar a cartografia literária de Demitrópulos desde os fundamentos da genealogia da história a fim de revelar em seu romance a reescrita das memórias, a inclusão da diversidade de sujeitos sociais e as misturas discursivas com as quais constrói uma literatura subversiva que, desde as margens, sustenta os ecos da memória como vozes da resistência.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

NALLIM, M. A. ECOS DA MEMÓRIA NA NARRATIVA DE LIBERTAD DEMITRÓPULOS. Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 7, n. 9, 2000. DOI: 10.48075/rlhm.v7i9.5841. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/5841. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

REESCRITAS DO PASSADO - UMA HOMENAGEM A FERNANDO AÍNSA