REPRESENTANDO O IRREPRESENTÁVEL: O TESTEMUNHO DA GUERRA NO “MANUSCRITO CUERVO” DE MAX AUB
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v7i10.5854Palavras-chave:
testemunho, memória, literatura espanholaResumo
RESUMO: A literatura de testemunho tem sido tema de diversos trabalhos investigativos tanto nos estudos literários como em outras áreas de conhecimento. Esse tipo de produção literária, intimamente relacionada à história, apresenta em si a tentativa de representar e recuperar a memória das experiências traumáticas vividas em situações que podem ser denominadas como catastróficas, como, por exemplo, as relacionadas ao holocausto. Tratando especificamente da literatura espanhola, pode-se dizer que há alguns autores, entre eles, Max Aub, que escreveram obras de tom fortemente testemunhal, representando não só as experiências da segunda guerra mundial, mas também aquelas relacionadas à guerra civil espanhola ou à ditadura franquista. Em Manuscrito cuervo: historia de Jacobo, Max Aub se utiliza da literatura, enquanto arte, para representar o testemunho das vivências a que foram submetidas milhares de pessoas nos campos de concentração nazistas da segunda guerra mundial. Nesse relato, dotado de ironia e construído de forma peculiar, Aub desenvolve uma narrativa na qual o foco desde onde se observa o horror dos campos de concentração se distancia do humano, de forma que em um contexto desumano, é apresentado ao leitor um narrador que não é um homem, mas um corvo. A partir dessas considerações, pode-se dizer que o objetivo desse trabalho é desenvolver uma leitura de Manuscrito Cuervo que observe a forma como a estrutura do texto contribui para representar o irrepresentável, ou seja, pretende-se observar a forma como a arte literária é utilizada para representar o trauma resultante das experiências concentracionárias.
PALAVRAS-CHAVE: testemunho; memória; literatura espanholaDownloads
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