Variabilidade espacial da resistência mecânica à penetração de um solo cultivado com cana-de-açúcar

Resumo

O uso contínuo do solo e o tráfego sem controle de máquinas durante o cultivo da cana-de-açúcar podem promover alterações nas propriedades físicas do solo, provocando queda na produção. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a variabilidade espacial da resistência mecânica à penetração de um solo, no sistema de colheita mecanizada da cana-de-açúcar. O experimento foi conduzido na fazenda Modelo, localizada em Lambari D’Oeste (MT), em uma área de aproximadamente 15 ha, em LATOSSOLO VERMELHO Distrófico. A parcela experimental foi formada por uma malha experimental com 110 pontos, na linha de cultivo, sem medição de tráfego de máquinas, os pontos de amostragem foram georreferenciados com GPS, no sistema de projeção em UTM. Para determinação da resistência do solo à penetração utilizou-se um penetrômetro de impacto. Foram retiradas amostras das camadas nas profundidades de 0 - 15 cm, 15 - 30 cm e 30 - 45 cm, e foram também realizadas amostragem para determinação do conteúdo de água no solo. Os valores foram analisados utilizando-se estatística como analise exploratória e por geoestatística para identificação da variabilidade espacial e espacialização da resistência à penetração na área de estudo. Os resultados expressaram dependência espacial na variável em todas as camadas avaliadas. Conclui-se que a dependência espacial foi encontrada para a resistência do solo à penetração em todas as camadas analisadas na cultura da cana-de-açúcar colhida mecanicamente. Na camada de 10 - 45 cm ocorreu um aumento da resistência à penetração.