As metáforas e a censura ao cancioneiro engajado no Brasil, Portugal e Espanha

Autores

  • Alexandre Felipe Fiuza

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtm.v5i10.1491

Palavras-chave:

Ditaduras, Censura, Canção.

Resumo

Este artigo foi formulado a partir da análise da documentação dos serviços de censura discográfica do Brasil, Espanha e Portugal. Em particular, aborda a utilização de metáforas nas canções produzidas nos períodos ditatoriais destes três países, entre o final da década de 1960 até meados da década de 1970. Estas canções guardavam uma similaridade em relação aos lugares de produção e recepção do cancioneiro de cunho mais engajado politicamente, além de uma estratégia semelhante dos compositores através do emprego de metáforas para evitar os cortes dos censores. Tudo isso gerou também uma construção de símbolos, bem como o uso de imagens que circulavam no mundo ocidental e que eram entendidas em diferentes culturas. Destaca-se, por exemplo, a “noite” como representativa da opressão e a idéia da “flor” e da “primavera” como símbolos da mudança, do nascimento de um mundo ideal, por vezes utópico, da paz, do fim da violência das ditaduras e da luta pelo socialismo. Estas construções imagéticas, por sua vez, foram objeto de veto dos censores dos três países e revelaram, igualmente, caminhos comuns nas estratégias discursivas e estéticas destes compositores e das poesias musicadas por estes.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

FIUZA, A. F. As metáforas e a censura ao cancioneiro engajado no Brasil, Portugal e Espanha. Temas & Matizes, [S. l.], v. 5, n. 10, p. p. 53–60, 2000. DOI: 10.48075/rtm.v5i10.1491. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/1491. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Música e Poder