Amores plurais situados – Para uma meta-narrativa socio-histórica do poliamor

Autores

  • Daniel Cardoso É Professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtc.v24i48.18962
Agências de fomento

Palavras-chave:

poliamor, sexualização, individuação, psicologização

Resumo

A partir de um conjunto de reflexões teóricas e socio-históricas, mas também a partir do contacto com uma vasta literatura de auto-ajuda sobre poliamor (tanto online como em formato físico), irei sistematizar três condições fundamentais que, argumento, explicam a emergência e rápida visibilização do poliamor enquanto formato específico e distinto de não-monogamia consensual. Essas condições fundamentais são a individuação, sexualização e psicologização da sociedade ocidental contemporânea. A compreensão do papel de cada uma destas condições para o surgimento do poliamor é central para a ligação entre poliamor, estruturas neoliberais de subjectivação e para estabelecer as bases de análise dos movimentos sociais emergentes sobre poliamor. Só através de uma abordagem situacionista é possível evitar a colonização conceptual e cultural de diversas formas de não-monogamia consensual que não originem na mesma matriz socio-histórica, e produzir saberes comprometidos com uma objectividade forte, reconhecer o papel da hegemonia da Anglo-esfera e o papel resistivo ou contra-hegemónico de outros discursos críticos sobre não-monogamias consensuais. Na matriz desta reflexão está o trabalho de Foucault (1994), Beck e Beck-Gernsheim (2003) e de Rose (1998).

Biografia do Autor

Daniel Cardoso, É Professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Doutoramento em Ciências da Comunicação pela UNL. Mestrado em Ciências da Comunicação, variante de Cultura Contemporânea e novas Tecnologias, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL.

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Publicado

01-03-2018

Como Citar

CARDOSO, D. Amores plurais situados – Para uma meta-narrativa socio-histórica do poliamor. Tempo da Ciência, [S. l.], v. 24, n. 48, 2018. DOI: 10.48075/rtc.v24i48.18962. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/view/18962. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos