“Um é pouco, dois é bom”, três (ou mais) é demais? – processos de negociação em torno de (in)definições êmicas do poliamor
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v24i48.18964Palavras-chave:
poliamor, relações não-monogâmicas, cuidado de si, IdentidadeResumo
Este trabalho é fruto de uma dissertação de Mestrado cujo tema é poliamor. O objetivo aqui será o de discutir, à luz da etnografia que realizei em Brasília/DF, algumas considerações acerca dos múltiplos processos de negociação e disputa em torno das diversas (e possíveis) definições êmicas da ideia de poliamor, que envolvem discussões tanto em âmbito on-line quanto presencial. Interpreto o constante agendamento de debates no grupo do Poliamor Brasília (onde realizei o trabalho etnográfico) a partir das formulações de Michel Foucault sobre o cuidado de si. Isso porque no grupo em questão a busca por definição de um poliamor que se propõe ideal alude à ideia apresentada pelo autor sobre a trajetória da prática do cuidado consigo mesmo/a, da atenção voltada para a resolução de conflitos internos de si. Assim, a perspectiva volta-se para as subjetividades, ou seja, para como eles/as olham para si e elaboram, reelaboram, debatem e sintetizam ideais de vivências afetivo-amorosas. Com efeito, todos esses debates em torno da definição do poliamor estão permeados por processos de identificação que surgem enquanto enunciados e práticas em torno de possibilidades afetivas não-monogâmicas.Downloads
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