Poliamor: entre a institucionalização e a transgressão
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v24i48.18966Palavras-chave:
Poliamor, Monogamia, Normatividade, Coerção.Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir em que medida a experiência poliamorosa se difere das relações monogâmicas tradicionais. Para tanto, foi feita uma investigação em torno do modo como o amor é compreendido no Ocidente no decorrer dos últimos séculos e como a monogamia tornou-se a norma perante as formas de relacionamento amoroso. Essa leitura normativa do relacionamento monogâmico, também perpassa aspectos políticos, mas principalmente sociais e econômicos, por isso esse modelo acaba tornando-se hegemônico. A partir disso é discutido o poliamor como um novo modelo de relação afetivo-sexual e como ele difere das relações monogâmicas tradicionais mas que, também, perante o imperativo social, as práticas poliamorosas (assim como qualquer prática relacionada à sexualidade) é constantemente submetida à lógica normativa, e por isso acaba sendo institucionalizada. Percebemos que a institucionalização da sexualidade e sua normatização, aparece nos mais variados contextos da vida humana e, por isso, por mais que a experiência poliamorosa rompe com os ditames sociais em muitos aspectos, o caminho para a liberdade e autorização da diferença ainda possui um longo caminho a ser trilhado.Downloads
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