PODE A MULHER NEGRA GAÚCHA FALAR? OFERTANDO OUVIDOS PARA ATENTAR AOS ESPECTROS DE SUAS VOZES SILENCIADAS
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v15i36.22288Palavras-chave:
Literatura afrofeminina, Dessilenciamento, Sopapo Poético.Resumo
Ao pensarmos as obras produzidas por mulheres negras temos certa dificuldade de listá-las e ao listar precursoras como Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e Conceição Evaristo (1946- ) constatamos que as autoras publicam no eixo Rio-São Paulo. Ao nos direcionarmos ao sul do Brasil, a lista lacunar ecoa mais ausências. Contudo, em 2016, o ponto de cultura negra “Sopapo Poético” publica sua primeira antologia de poemas Sopapo Poético: Pretessência (2016) em que dos nove organizadores, quatro são mulheres e dos dezenove poetas, dez são mulheres. Assim, recortamos quatro poetas da antologia que também a organizam: Delma Gonçalves, Fátima Farias, Lilian Rocha e Pâmela Amaro. Além do gênero e da raça, a ancestralidade lhes serve como inspiração para suas poesias resistentes.
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ENVIADO EM 03-05-19 | ACEITO EM 24-07-19
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