LER O ARQUIVO HOJE SEM PRÁTICAS REDUCIONISTAS

Autores

  • Greciely Cristina da Costa

Palavras-chave:

Análise do Discurso, Leitura, Arquivo.

Resumo

 

Em seu artigo Ler o Arquivo Hoje, Pêcheux (1982) questiona as relações entre o aspecto histórico e psicológico ligado à leitura de arquivos, o aspecto matemático e informático ligado ao tratamento dos documentos textuais e o avanço das pesquisas em lingüística formal, que circulam em torno da análise de discursos. O autor aponta para a leitura calcada em duas culturas: a literária e a universitária. À primeira, tradicionalmente, sempre coube a leitura de arquivos. Embora a segunda também produza esse gesto. O fato é que se comparássemos os dois modos de ler, explicitaríamos ainda mais diferenças ao relacioná-los aos tipos de leitor: o autorizado a ler, falar, escrever em seu nome e, o outro submisso às práticas de cópia, transcrição, indexação, classificação, codificação. A alguns a tarefa de produzir leituras originais dos arquivos, isto é, interpretações; a outros, o dever de sustentar a leitura literal dos documentos. Esse movimento contraditório recobre uma relação de dominância política e ao mesmo tempo sustenta o "poder" através de atos políticos, alerta Pêcheux, neste artigo. Essa divisão do trabalho de leitura implicará na relação da sociedade com a constituição de sua própria memória histórica.

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Publicado

30-04-2008

Como Citar

DA COSTA, G. C. LER O ARQUIVO HOJE SEM PRÁTICAS REDUCIONISTAS. Travessias, Cascavel, v. 2, n. 1, p. e2954, 2008. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/2954. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

RESENHAS