O “COCHO DA MUNICIPALIDADE”: UMA ANÁLISE DE FOGO MORTO, DE JOSÉ LINS DO REGO

Autores

  • Esequiel Gomes da Silva

Palavras-chave:

romance, literatura, política, história, voto de cabresto.

Resumo

Publicado em 1943, Fogo morto é um romance que, segundo José Aderaldo Castello,
sintetiza todo o trabalho anterior de José Lins do Rego. No livro em questão, o autor internalizou
um período importante da história política brasileira: o enredo se ambienta nos anos de
1911/1912, durante a república oligarca, período no qual os coronéis mantinham o controle do
processo eleitoral. Os sinais de mudança só começariam a aparecer com a eleição de Hermes da
Fonseca para presidente da república, em 1910, quando se implementou a chamada “política das
salvações”. No mundo ficcional criado por José Lins do Rego, há três grandes personagens, –
coronel Lula de Holanda, José Amaro e Vitorino Carneiro da Cunha, – que representam três
tipos de discursos: dos “grandiosos”, dos “sombrios” e dos “quixotescos” e que se relacionam de
forma bastante tensa nesse ambiente de agitação política. Momento de sucessão do governo
estadual, em que os coronéis, chefes de partidos políticos, organizavam seus “currais eleitorais”
para garantir a vitória do candidato que apoiavam. Feitas essas observações, com esse estudo,
nosso interesse é analisar o modo pelo qual o romancista configurou a questão do voto de
cabresto no interior desse romance. Melhor dizendo, como um fator externo – o momento da
história política do país – se tornou interno, nas palavras de Antonio Candido.

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Publicado

22-12-2010

Como Citar

GOMES DA SILVA, E. O “COCHO DA MUNICIPALIDADE”: UMA ANÁLISE DE FOGO MORTO, DE JOSÉ LINS DO REGO. Travessias, Cascavel, v. 4, n. 3, p. e4614, 2010. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/4614. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

CULTURA