TY - JOUR AU - Basso Antunes de Oliveira, Liz PY - 2021/02/18 Y2 - 2024/03/28 TI - A CONDIÇÃO EXÍLICA E A SUBVERSÃO DAS FRONTEIRAS SIMBÓLICAS: EVA LUNA DE ISABEL ALLENDE JF - Alamedas JA - Rev. Alamedas VL - 9 IS - 1 SE - Artigos e Ensaios DO - 10.48075/ra.v9i1.26781 UR - https://e-revista.unioeste.br/index.php/alamedas/article/view/26781 SP - 33 - 47 AB - Este artigo objetiva compreender a influência da condição exílica para a construção identitária subversiva da protagonista-narradora de <em>Eva Luna </em>(2014) de Isabel Allende, que rompe com os padrões comportamentais designados às mulheres nas sociedades patriarcais. Para tal fim, primeiramente apontou-se para as fronteiras simbólicas impostas a fim de perpetuar a dominação masculina, mais especificamente no Chile. Em seguida, encaminhou-se o olhar para a fronteira entre o espaço público e privado, que restringiu as mulheres ao confinamento doméstico durante séculos e, em consequência, as submeteu à diversas outras limitações. Para isso, as perspectivas do sociólogo Pierre Bourdieu (1998) e da socióloga chilena Julieta Kirkwood (1983) foram essenciais. Com fundamento no reconhecimento das demarcações de espaços diferenciados para desenvolvimento dos papéis sociais opostos entre os sexos e a divisão hierárquica que as restringe às características menos relevantes, parte-se para a análise da condição exílica na personagem Eva Luna. Compreende-se condição exílica como a sensação de estar fora do lugar, ou invadindo o território do Outro. Por fim, observou-se que os constantes deslocamentos realizados pela personagem, a partir da orfandade aos seis anos de idade, surtem efeitos subversivos sob sua identidade enquanto mulher. ER -