TY - JOUR AU - Schneider Braun, Mirian Beatriz PY - 2007/04/24 Y2 - 2024/03/29 TI - Uma análise da balança comercial agrícola brasileira a guisa de sua evolução histórica recente JF - Informe GEPEC JA - IGEPEC VL - 8 IS - 1 SE - Artigos DO - 10.48075/igepec.v8i1.321 UR - https://e-revista.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/321 SP - AB - A evolução histórica da balança comercial agrícola do Brasil esteve diretamente ligada aos objetivos da política comercial brasileira que, por sua vez, foram resultantes da interação de fatores internos e externos. Uma sucessão de ciclos de exploração de produtos primários comandou a dinâmica agroindustrial no País até o século 20, e as balanças comerciais – pró-exportação – foram comandadas por produtos como o açúcar, café, borracha, entre outros. Com o modelo de substituição de importações (década de 30 em diante), que priorizou os setores industriais, a agricultura nacional foi relegada ao segundo plano, embora dela sempre fosse cobrada divisas. Mais recentemente, na década de 70, foram definidas políticas concretas de apoio à agricultura, promovendo sua modernização, mormente para produtos considerados tradeables. Assim, foi reformulada a base técnica do setor, traduzida na indução e difusão do uso de insumos modernos e de maquinaria agrícola, visando o aumento de produtividade dos fatores terra e trabalho. O escopo dessa política consistia em dar condições para o crescimento econômico, gerar divisas para sustentar a balança comercial e arrefecer o custo de vida - por meio da diminuição dos preços agrícolas. Sendo assim, o tipo de produto de origem agrícola, que passa a compor a pauta de exportações, já não é mais o produto primário apenas, mas sim, produtos com diferentes níveis de processamento da indústria. Na década de 80, à agricultura coube a tarefa mor de gerar superávits comerciais, a fim de equilibrar o balanço de pagamentos, agravado pela crise da dívida externa e pelos mal sucedidos planos de combate à inflação. Na década de 90, a abertura comercial veio eliminar a proteção de alguns segmentos agroindustriais e os produtores brasileiros foram forçados a se adaptarem ao novo ambiente competitivo. A implantação do real aprofundou a desproteção desse setor, via elevação dos juros e valorização do câmbio (na fase inicial do Plano). Não obstante, as exportações agrícolas brasileiras vêm aumentando, diante desse cenário, a busca crescente por technological capabilities. A balança comercial agrícola não é maior, principalmente, em função da proteção que os países desenvolvidos exercem no contexto do comércio internacional agrícola. A política comercial brasileira deve agir de forma clara na busca de acordos comerciais, que garantam maior inserção dos produtos brasileiros no mercado mundial, evitando os efeitos nocivos da proteção destinada às agriculturas daqueles países. ER -