TY - JOUR AU - Pinheiro, Veralucia AU - Ignácio, Ewerton de Freitas AU - de Carvalho, Larissa Landim PY - 2022/02/01 Y2 - 2024/03/28 TI - FIGURAÇÕES DA VIOLÊNCIA EM A CONFISSÃO DE LEONTINA, DE LYGIA FAGUNDES TELLES JF - Revista de Literatura, História e Memória JA - Rev. Lit. Hist. Memória VL - 17 IS - 30 SE - DOSSIÊ: FEMINISMOS E LITERATURAS DO - 10.48075/rlhm.v17i30.27466 UR - https://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/27466 SP - 69-81 AB - A narrativa, ou melhor, as formas de narrar os eventos-limite, de produzir significado à vida, como o que acontece no conto “A Confissão de Leontina” (1978), de Lygia Fagundes Telles, nos fazem interrogar seus sentidos, até porque, segundo Candido (2000), a literatura é essencialmente uma reorganização do mundo em termos de arte, sendo tarefa do escritor de ficção construir um sistema arbitrário de objetos, atos, ocorrências, sentimentos. Dessa forma, objetivamos discutir, neste trabalho, ambiguidades e contradições da sociedade moderna por meio do conto mencionado, cuja leitura nos inspira a refletir sobre fatos inerentes à condição da mulher pobre na sociedade capitalista, os quais podem ser representados na ficção de forma a romper com a mera reprodução da vida social, constituindo-se não apenas como encadeamento de tempos lineares e vazios, como diria Bosi (1996), mas como construção e tematização da vida-morte degradada, desprovidas da aura positiva com que as palavras realismo e realidade são utilizadas nos discursos que fazem apologia ao conformismo da vida como ela é. ER -