Breve ensaio sobre linhas, conflitos e transversais

Autores

  • Douglas Ferreira Gadelha Campelo Pesquisador

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtc.v27i54.26648
Agências de fomento

Palavras-chave:

Teoria Antropológica. Parentesco. Conflito. Tikmũ’, ũn/Maxakali.

Resumo

Neste artigo, parto do tema do parentesco e do conceito de sociedade na tentativa de problematizá-los através de contextos como o dos povos Tikmuun/Maxakali nos quais há constantes irrupções de conflitos que culminam em diluições das relações e das aldeias. Ao partir do parentesco, pretendo discutir a articulação inerente à sua natureza que é a de uma perspectiva vertical-diacrônica e uma segunda perspectiva horizontal-sincrônica. De um lado, temos as genealogias de parentesco – fenômeno eminentemente vertical, histórico e ligado à memória – e de outro, temos os usos cotidianos do parentesco – fenômeno eminentemente horizontal e ligado às implicações da proibição do incesto e do uso da linguagem. Ao observar a dialética da horizontalidade e da verticalidade no parentesco, tento problematizar o lugar do conflito entre essas duas linhas. Seguindo a noção de devir, proposta por Deleuze e Guatari, meu argumento é de que o conflito, com seu caráter intempestivo e criador, parece estar ligado a diagonais que atravessam as linhas da verticalidade e da horizontalidade.

Biografia do Autor

Douglas Ferreira Gadelha Campelo, Pesquisador

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais e Bacharel em Música pela UFMG. Desde 2003, desenvolve trabalhos de pesquisa e extensão junto aos Tikmuun-Maxakali

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Publicado

22-12-2020

Como Citar

CAMPELO, D. F. G. Breve ensaio sobre linhas, conflitos e transversais. Tempo da Ciência, [S. l.], v. 27, n. 54, p. 38–49, 2020. DOI: 10.48075/rtc.v27i54.26648. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/view/26648. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos