A nova casa da direita: “Deus, Pátria, Família” e os discursos conservadores sobre gênero e sexualidade na fronteira

Autores

  • Thiago Benitez de Melo

Resumo

Resumo: Por décadas, desde a patologização da homossexualidade no século XIX, os sujeitos não-heterossexuais e não-cisgêneros se viram forçados a manter seus afetos e práticas sexuais no subterrâneo, aprisionando seus desejos no armário para não sofrerem sanções punitivas dos mais diversos instrumentos de poder. Na contemporaneidade, com a intensificação da globalização e, consequentemente, com a imensa difusão de discursos conservadores de extrema direita, inúmeros sites e aplicativos de relacionamentos surgiram como uma “nova” estratégia de anonimato e discrição para que os corpos de sexualidades dissidentes possam manter suas práticas no sigilo. O objetivo deste artigo, deste modo, é propor uma análise linguística e cultural sobre gênero-sexualidade a partir dos discursos heteronormativos e conservadores em contexto de fronteira, os quais forçam alguns sujeitos a permanecerem no “regime do armário”. O encaminhamento metodológico utilizado para a análise dos dados busca romper com as fronteiras e limites disciplinares, em direção a uma perspectiva inter/trans/indisciplinar. Para isso, este artigo está amparado nas perspectivas epistemológicas dos Estudos da Linguagem e da Teoria Crítica do Discurso dos Estudos Culturais e Antropológicos e da Sociologia.

Arquivos adicionais

Publicado

09-01-2025

Como Citar

MELO, T. B. de. A nova casa da direita: “Deus, Pátria, Família” e os discursos conservadores sobre gênero e sexualidade na fronteira. Tempo da Ciência, [S. l.], v. 31, n. 62, p. 24, 2025. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/view/34749. Acesso em: 26 mar. 2025.

Edição

Seção

Dossiê: Para além da fronteira: Estudos interdisciplinares sobre dinâmicas e complexidades fronteiriças