Além das grades e fronteiras: compreendendo o encarceramento feminino em um contexto trinacional
Resumo
Resumo: Os conceitos de prisão e fronteira têm aspectos expansionistas, separatistas e agregadores que muitas vezes são ignorados nos estudos acadêmicos. Na Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu, essas dimensões são relevantes devido à territorialidade prisional na fronteira trinacional entre Brasil, Paraguai e Argentina. Isso influencia a população carcerária feminina e os fatores que as levaram ao crime. A maioria dessas mulheres apresenta baixa escolaridade, pobreza e desestruturação familiar, fatores ligados ao estigma carcerário. O tráfico de drogas, por sua vez, é um elemento comum no cárcere, refletindo os desafios sociais existentes na fronteira. Este trabalho se baseia nos ensinamentos do geógrafo Élisée Reclus, que contestam a divisão e segregação das fronteiras em prol da cooperação entre comunidades. Dessa forma, o estudo visa compreender como a tríplice fronteira afeta as mulheres na Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu e a metodologia de tratamento penal aplicada. Foi realizada uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa para analisar as nuances desses temas, que resultou na constatação de que o contexto fronteiriço afeta as mulheres no cárcere, refletindo as assimetrias e simetrias da fronteira, especialmente as vulnerabilidades socioeconômicas e emocionais, como condutores para o envolvimento dessas mulheres no tráfico de drogas. A investigação destaca a necessidade de políticas públicas para lidar com essas questões socioeconômicas na prevenção e reabilitação.
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