TY - JOUR AU - FERRAGINI, Neluana Leuz de Oliveira AU - SILVA, Érica Danielle PY - 2021/06/01 Y2 - 2024/03/29 TI - AUTOAVALIAÇÃO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE: PERSPECTIVAS CRÍTICO-REFLEXIVAS JF - Trama JA - Trama VL - 17 IS - 41 SE - Práticas de Estágio(s) em Discussão DO - 10.48075/rt.v17i41.26840 UR - https://e-revista.unioeste.br/index.php/trama/article/view/26840 SP - 73-87 AB - <p><span>A tendência de valorização da formação e da profissionalização reflexivo-críticas de professores tem sua gênese a partir dos anos 1990. Ao buscar afastar-se da racionalidade técnica, característica dos anos 1970, a essência da perspectiva reflexiva é que o professor produza conhecimento a partir de sua prática, por meio de uma investigação teórico-reflexiva intencional e da problematização dos resultados alcançados. Neste contexto, situando-nos especificamente nas práticas formativas de professores de língua portuguesa, elegemos a autoavaliação como um gênero acadêmico e instrumento potencializador da construção do olhar crítico e da postura reflexiva. Por isso, dispensamos atenção à caracterização de suas dimensões social e verbo-visual sob aporte teórico da teoria bakhtiniana, para então lançar o olhar analítico sobre autoavaliações produzidas para o relatório final do componente de Estágio Supervisionado. Neste contexto, esta pesquisa tem como objetivo analisar a discursividade crítica mobilizada e construída na produção da autoavaliação de licenciandos do curso de Letras-Português, considerando a contribuição deste instrumento para uma formação reflexiva. A partir de um estudo quali-interpretativo, pautado em excertos das autoavaliações sobre as quais refletimos neste trabalho, e dos preceitos dialógicos, consideramos que por meio das experiências mobilizadas e analisadas pelos alunos, a construção teórica da <em>práxis</em>, permitiu-lhes identificar e melhorar competências profissionais. Assim, o exercício de autoavaliar-se criticamente reforça a autonomia do professor em formação, criando um importante espaço para procedimentos que colaboram com seu processo de formação reflexiva e crítica e, consequentemente, para a construção de sua identificação profissional.</span></p><p>Referências:</p><p>BAKHTIN, Mikhail. <strong>Os gêneros do discurso.</strong> Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2016.</p><p>COSTA-HÜBES, Terezinha da Conceição. 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