Anton Chigurh: o insólito vilão de No country for old men
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v15i2.27753Palavras-chave:
Literatura, Cinema, Insólito, Violência.Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar a representação do insólito na obra No Country for Old Men (2005), de Cormac McCarthy, contemplando, de forma mais específica, o estudo do personagem Anton Chigurh, assassino de aluguel que surge na narrativa para cumprir uma missão e que deixa um rastro tenebroso de morte e violência. Esta persona assassina, envolta em uma aura de mistério e incredulidade, torna possíveis algumas interpretações que comungam com o insólito e o fantástico, tanto no texto literário quanto na adaptação cinematográfica dirigida pelos irmãos Cohen em 2007, e gera, com isso, um rico processo de intermidialidade, o que propiciou que esses produtos artísticos alcançassem reconhecimento de crítica e de público. Com efeito, utilizaremos como metodologia de pesquisa a análise de conteúdo; quanto à forma de abordagem, caracterizamos esta pesquisa como qualitativa, e, dessa forma, utilizaremos como referencial teórico estudos que abordam temas como o insólito, o fantástico e a violência, entre os quais destacamos Garcia (2008), Todorov (1980) e Ginzburg (2012). Como resultados, evidenciamos que Chigurh desponta como a representação da morte, visível somente por aqueles que a encontram, mas sem rosto e sem pistas para aqueles que não estiveram em sua presença, tendo ainda seu caráter insólito reconhecido pelo xerife Ed Tom Bell (personagem que, na trama, representa a lei e a ordem), o qual passa a considerá-lo como um fantasma, chegando a duvidar se o assassino é mesmo um homem real, dado os seus feitos chocantes, inquietantes e singulares.Downloads
Referências
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