“NOS DESVÃOS DE UM MUNDO ESTRANGEIRO” – A CRIAÇÃO E TRAJETÓRIA DO TEATRO EXPERIMENTAL DO NEGRO
Palavras-chave:
Teatro brasileiro, Teatro Experimental do Negro, Teatro negro no Brasil.Resumo
Até a década de 1940, o negro no teatro brasileiro mesmo quando em personagensde destaque quase sempre foi retratado por meio de certas caricaturas ou estereótipos herdados
do período da escravidão. Entre o final do século XIX e começo do XX, as personagens negras
aparecem muitas vezes representadas em figuras dramáticas femininas como a mulata bela e
sensual (reboladeira e carnal, pernóstica ou faceira), a bá (ama-de-leite geralmente negra beiçuda e
gorda, confidente, chorosa e prestativa), a baiana macumbeira (em especial a vendedora de
quitandas, vestida com saia rodada, bata de renda, turbante, pano-da-costa, colares e
balangandãs), a preta velha (africana idosa conhecedora de segredos); em personagens
masculinos, como o negrinho espertalhão (agregado da casa grande), o bobalhão (pouco
inteligente; estúpido, ignorante, imbecil); o malandro (astuto, bon vivant), o pai João (na maioria
das vezes negro velho, dócil, conformado e submisso). Nos idos de 1944, surge no Rio de
Janeiro, um grupo de teatro formado por atores negros dispostos a problematizar e revisar a
tradição cênica de representação social e artística cultural da “raça”, levando aos palcos textos
ligados aos temas das culturas afro-brasileiras, aos conflitos raciais e ao estigma da cor negra.
Trata-se do Teatro Experimental do Negro (TEN). O presente artigo visa descrever o processo
de criação e um resumo da trajetória do grupo.
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