O(s) porquê(s) da não inserção dos grupos de catadores que atuam nas unidades de triagem (UT’s) do sistema de coleta seletiva municipal no planejamento e na gestão dos resíduos sólidos em Rio Grande (RS)
DOI:
https://doi.org/10.48075/amb.v1i2.22022Palavras-chave:
Coleta Seletiva Municipal em Rio Grande (RS), Grupos de Catadores, Unidades de Triagem (UT’s), Superexploração da Mão-de-Obra.Resumo
Verifica-se que a Prefeitura Municipal do Rio Grande (PMRG) não vem atendendo ao conteúdo da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), sobretudo no que tange à inserção de grupos de catadores de material reciclável na gestão e no planejamento dos resíduos sólidos no município. Isso porque a maioria das organizações de catadores das unidades de triagem (UT’s) da coleta seletiva municipal atuam na informalidade, em condições de trabalho precárias e com baixos rendimentos, visto que sua renda se restringe ao que obtêm com a venda dos recicláveis. Assim, o objetivo geral da pesquisa foi problematizar a situação de superexploração da mão de obra dos catadores e identificar as possíveis razões de sua não inserção no planejamento e na gestão dos recicláveis no município. Como resultado, destaca-se que a prefeitura não os remunera pelo serviço ambiental prestado. Aliás, antes de exercer uma atividade de interesse ambiental, procuram, por meio dela, suprir suas necessidades básicas de sobrevivência no contexto de uma sociedade desigual e injusta como a brasileira. Nesse sentido, a valorização socioeconômica dos catadores deve contemplar também a importância ambiental de sua atividade, além do que recebem pelo que vendem.
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