Florestas urbanas e urbanidades florestais no Rio de Janeiro – Uma Geografia Histórica

Autores

  • Diogo Cabral Professor Assistente de História Ambiental do Departamento de História do Trinity College Dublin (TCD), Irlanda
  • Alexandro Solórzano professor do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro).
  • Rogério Ribeiro de Oliveira professor do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). https://orcid.org/0000-0002-2814-2620

DOI:

https://doi.org/10.48075/amb.v2i1.25279
Agências de fomento

Palavras-chave:

Florestas tropicais, Rio de Janeiro, urbanização, parques urbanos, história ambiental.

Resumo

As florestas urbanas do Rio de Janeiro são uma das expressões mais completas do caráter mais-que-humano das chamadas “paisagens culturais”. Longe de uma natureza intocada, as florestas cariocas são comunidades de plantas que se desenvolveram em terras anteriormente usadas para agricultura, produção de energia, abastecimento de água, e habitação humana, entre outros propósitos. Vestígios de tais atividades ainda podem ser observados em todos os cantos dessas florestas, que são atual­mente áreas protegidas. Algumas dessas marcas são muito visíveis e podem ser notadas por qualquer pessoa: tanques de água, escadas, arcos, plantações de banana e similares. Mas alguns outros traços são tão organicamente integrados na paisagem que apenas um olho treinado pode discerni-los; por exemplo, seções inteiras de floresta dominadas pela jaqueira, uma espécie asiática, bem como peque­nos platôs esculpidos na encosta com solos estranhamente enegrecidos. Neste artigo, investigamos as origens desses dois traços da paisagem. Usando trabalhos de campo, fontes escritas primárias e iconografia, além da historiografia relevante, este trabalho de reconstrução histórica revela a interpe­netração inextricável entre, de um lado, processos socioeconômicos e culturais – como a expansão da agricultura mercantil e a expansão urbana – e, por outro, processos ecológicos, como sucessão secun­dária e invasão de ecossistemas. De fato, como argumentamos, ambos fazem parte do mesmo mundo da vida em movimento, uma rede contínua de relacionamentos mais-que-humanos que gera cidade e floresta a um só tempo. Essa dialética socionatural é responsável pelo fato do Rio de Janeiro atual­mente ser uma cidade cheia de florestas que, se cuidadosamente inspecionadas, se revelam cheias de história urbana.

Referências

ABRAM, David. The Spell of the Sensuous: perception and language in a more-than-human world. New York: Vintage, 1996.

ABREU, Mauricio de Almeida. A cidade, a montanha e a floresta. In: ABREU, M. A. (Ed.), Natureza e Sociedade no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1992, pp. 54‒103.

ABREU, Mauricio de Almeida. Evolução Urbana do Rio de Janeiro, 4a ed. Rio de Ja-neiro: IPLANRIO, 2006.

ABREU, Mauricio de Almeida. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502‒1700), 2 vols. Rio de Janeiro: Andrea Jakobson Estúdio, 2010.

ABREU, Rodolfo César de; RODRIGUES, Pablo José Francisco. Exotic tree Artocarpus heterophyllus (Moraceae) invades the Brazilian Atlantic Rainforest, Rodriguésia, v. 61, no 4, pp. 677‒88, 2010.

ABREU, Sylvio Froes. O Distrito Federal e seus Recursos Naturais. Rio de Janeiro: IBGE, 1957.

AMADOR, Elmo da Silva. Bacia da Baía de Guanabara: Características Geoambientais, Formação e Ecossistemas. Rio de Janeiro: Interciência, 2012.

ANA (Agência Nacional de Águas). Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, In-forme 2014 (Encarte Especial sobre a Crise Hídrica). Brasília-DF: ANA, 2015.

ANDERSON, Pippin M. L.; O’FARRELL, Patrick J. An ecological view of the history of the city of Cape Town. Ecology & Society, v. 17, no 3, 2012.

ANTHONY, Philomena Sequeira. Relações Intracoloniais: Goa-Bahia, 1675-1825. Brasí¬lia-DF: Fundação Alexandre de Gusmão, 2013.

ARAUJO, Joze de Souza Azevedo Pizarro e. Memorias Historicas do Rio de Janeiro e das Províncias Anexadas à Jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil, vol. 7. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1822.

ARAUJO, João S. de Paula; SILVA, Ângelo Márcio S. A palmeira imperial: da introdução no Brasil colônia às doenças e pragas no século XXI. Ciência & Cultura, v. 62, no 1, pp. 26-28, 2010.

ASSIS Jr., Heitor. ‘Modelos de pinturas de Benjamin Mary utilizados na Flora Brasilien¬sis’. In: FARIA, B.; LOPES, F.; MARINHO, F.; HARGRAVE, I.; COSTA Jr, M. A.; FON¬SECA, R.; POLITANO, S. (Eds.), História da Arte e suas Fronteiras. Campinas: Uni¬versidade Estadual de Campinas, 2010, pp. 198‒210.

ATALA, Fuad. Histórico. In: CENTRO DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Floresta da Ti¬juca. Rio de Janeiro: Secretaria de Estado de Economia, 1966, pp. 11‒57.

BAKER, Allan R. H. A note on the retrogressive and retrospective approaches in historical geography. Erdkunde, no 22, 1968, pp. 244-245.

BANDEIRA, Manuel. A Cinza das Horas; Carnaval; O Ritmo Dissoluto. Rio de Janeiro: Frente Editora, 2008.

BARRA, Sérgio. Entre a Corte e a Cidade: o Rio de Janeiro no Tempo do Rei (1808‒1821). Rio de Janeiro: Jose Olympio, 2008.

BARREIROS, Eduardo C. Atlas da Evolução Urbana da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1965.

BARTHEL, Stephan; COLDING, Johan; ELMQVIST, Thomas; FOLKE, Carl. History and local management of a biodiversity-rich, urban cultural landscape. Ecology & Society, v. 10, no 2, 2005.

BELTRÃO, Maria da Conceição M.; SÃO PEDRO, Maria de Fátima Alves; LEMOS, Maria de Lourdes; PEREZ, Rhoneds A. R. Arqueologia histórica do Parque Nacional da Tijuca. Clio – Arqueológica, v. 1, no 12, pp. 99-108, 1997.

BENNETT, Jannet. Vibrant Matter: A Political Ecology of Things. Durham e London: Duke University Press, 2010.

BERNARDES, Nilo. Notas sobre a ocupação humana da montanha no Distrito Federal. Revista Brasileira de Geografia, v. 21, no 3, pp. 363‒88, 1959.

BERNARDES, Lysia M. C. Expansão do espaço urbano no Rio de Janeiro. In: BERNAR-DES, Lysia M. C.; SOARES, Maria Therezinha Segadas. Rio de Janeiro: Cidade e Região. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1990, pp. 81‒104.

BERQUE, Augustin. Paysage-empreinte, paysage matrice: éléments de problématique pour une géographie culturelle. L’Espace Géographique, v. 13, no 1, pp. 3‒4, 1984.

BOTKIN, Daniel B. The naturalness of biological invasions. The Western North American Nat., v. 61, no 3, pp. 261‒266, 2001.

BRAIDOTTI, Rosi A. A theoretical framework for the critical posthumanities. Theory, Culture & Society, v. 36, no 6, pp. 31-61, 2019.

BRANDÃO, Ana Maria P. M. As alterações climáticas na área metropolitana do Rio de Janeiro: uma provável influência do crescimento urbano. In: ABREU, Mauricio de Almeida (Ed.). Natureza e Sociedade no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Se¬cretaria Municipal de Cultura, 1992, pp. 143‒200.

BROWN, Larissa V. Urban growth, economic expansion, and deforestation in late colonial Rio de Janeiro. In: STEEN, Harold K.; TUCKER, Richard P. (Eds.). Changing Tropical Forests: historical perspectives on today’s challenges in Central and South America. Durham, Forest History Society, 1992, pp. 165-175.

CABRAL, Diogo de Carvalho. Entre o machado e o tição. Agricultura tropical extensiva e exploração madeireira no Rio de Janeiro colonial tardio. História & Perspecti¬vas, no 36-37, pp. 313-362, 2007.

CABRAL, Diogo de Carvalho. Águas passadas: sociedade e natureza no Rio de Janeiro oitocentista. RA’E GA – O Espaço Geográfico em Análise, no 23, pp. 159‒190, 2011b.

CABRAL, Diogo de Carvalho. ‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1. Historia Ambiental Latinoa¬mericana y Caribeña, v. 3, no 2, pp. 467‒89, 2014a.

CABRAL, Diogo de Carvalho. Na Presença da Floresta: Mata Atlântica e História Colo¬nial. Rio de Janeiro, Garamond/FAPERJ, 2014b.

CASTRO MAYA, Raymundo O. A Floresta da Tijuca. Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1967.

CAVALCANTI, Nireu. O comércio de escravos novos no Rio setecentista. In: FLOREN-TINO, Manolo (Ed.). Tráfico, Cativeiro e Liberdade: Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, Séculos XVIII‒XIX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005, pp. 15‒77.

CORRÊA, Armando Magalhães. O Sertão Carioca. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1936.

CUNHA, André de Almeida, VIEIRA, Marcus Vinícius. Present and past primate community of the Tijuca Forest, Rio de Janeiro, Brazil. Neotropical Primates, v. 12, no 3, pp. 153-154, 2004.

CUNHA, André de Almeida, VIEIRA, Marcus Vinícius; GRELLE, Carlos Eduardo Viveiros Preliminary observations on habitat, support use and diet in two non-native primates in an urban Atlantic forest fragment: the capuchin monkey (Cebus sp.) and the common marmoset (Callithrix jacchus) in the Tijuca forest, Rio de Janeiro. Urban Ecosystems, v. 9, no 4, pp. 351‒359, 2006.

DARWIN, Charles. The Voyage of the Beagle. New York: P.F. Collier & Son, 1909.

DEAN, Warren. Indigenous populations of the São Paulo – Rio de Janeiro coast: trade, aldeamento, slavery and extinction. Revista de História, no 117, pp. 3‒25, 1984.

DEAN, Warren. The Brazilian economy, 1870‒1930. In: BETHELL, L. (Ed.). The Cambridge History of Latin America, vol.5. Cambridge: Cambridge UP, 1986, pp. 685‒724.

DEAN, Warren. With Broadax and Firebrand: the destruction of the Brazilian Atlantic forest. Berkeley e Los Angeles: The University of California Press, 1995.

DGE: Directoria Geral de Estatísticas. População do Rio de Janeiro (Districto Federal). Recenseamento do Brazil Realizado em 1 de Setembro de 1920, vol. 2, 1ª parte. Rio de Janeiro, Typographia da Estatística, 1923.

DRUMMOND, José. The garden in the machine: an environmental history of Brazil’s Tijuca Forest. Environmental History, v. 1, no 1, pp. 83‒104, 1996.

ELIAS, Rodrigo; SCARRONE, Marcello. Quando o Império morreu de sede. Revista de História, 2015, disponível em <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/quando-o-imperio-mor-reu-de-sede>.

ELLIS, Erle C. Anthropogenic transformation of the terrestrial biosphere. Philosophical Transactions of the Royal Society A, no 369, pp. 1010‒1035, 2011.

ELLIS, Erle C.; KAPLAN, Jed O.; FULLER, Dorian Q.; VAVRUS, Steve; GOLDEWIJK, Kees Klein; VERBURG, Peter H. Used planet: a global history. Proceedings of the National Academy Sciences, v. 110, no 20, pp. 7978‒7985, 2013.

ESTILIANO, Eduardo O.; ARAÚJO, Francisco Gerson. Da concessão Reid ao fim de São João Marcos (1899‒1945). Floresta e Ambiente v. 17, no 2, pp. 111-117, 2010.

FERNANDEZ, Annelise Caetano Fraga; OLIVEIRA, Rogério Ribeiro; DIAS, Marcia Cristina de Oliveira. Plantas exóticas, populações nativas: humanos e não humanos na paisagem de uma UC de Proteção Integral. Tessituras – Revista de Antropologia e Arqueologia, v. 3, no 1, pp. 121-53, 2015.

FOSTER, David R.; MOTZKIN, Glenn; SLATER, Benjamin. Land-use history as long-term broad-scale disturbance: regional forest dynamics in central New England. Ecosystems, v. 1, no 1, pp. 96‒119, 1998.

FRANCIS, Robert A.; LORIMER, Jamie; RACO, Mike. Urban ecosystems as ‘natural’ homes for biogeographical boundary crossings. Transactions of the Institute of British Geographers, v. 37, no 2, pp. 183-190, 2012.

FRANÇA, Jean Marcel C. Visões do Rio de Janeiro Colonial: Antologia de Textos, 1531‒1800. Rio de Janeiro, José Olympio, 1999.

FRANÇA, Jean Marcel C. Outras Visões do Rio de Janeiro Colonial. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.

FRAGA, Joana S.; OLIVEIRA, Rogério Ribeiro. Social metabolism, cultural landscape, and social invisibility in the forests of Rio de Janeiro, in Canevacci, Massimo (Ed.). Polyphonic Anthropology – Theoretical and Empirical Cross-Cultural Fieldwork. Rijeka, InTech, 2012, pp. 139‒56.

FREITAS, S. R.; NEVES, C. L.; CHERNICHARO, P. Tijuca National Park: two pioneering restorationist initiatives in Atlantic Forest in southeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 66, no 4, pp. 975‒982, 2006.

FRIDMAN, Fania. Donos do Rio em Nome do Rei: uma história fundiária da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

GADDIS, John Lewis. The Landscape of History: how historians map the past. Oxford: Oxford UP, 2002.

GARDNER, George. Travels in the Interior of Brazil, Principally through the Northern Provinces, and the Gold and Diamond Districts, 2nd ed. London: Reeve, Benham, & Reeve, 1849.

GOMES, Bernardino Antonio. Observações botânico-médicas sobre algumas plantas do Brazil. Memorias de Mathematica e Physica da Academia Real das Sciencias de Lisboa (Memórias dos Correspondentes), no 3, pp. 1‒103, 1812.

GUERREIRO, Henrique C.; SILVA, Luiz Fernando L. Restauração da vegetação nativa por redução da espécie Artocarpus Heterophyllus, que está degenerando o ecos¬sistema do Parque Nacional da Tijuca. I Simpósio Brasileiro sobre Espécies Exó¬ticas Invasoras, Brasília-DF, Maio de 2005. Disponível em <http://www.mma.gov.br/estruturas/174/_arquivos/174_05122008104555.pdf>. Acesso em 12/02/2015.

HAILA, Yrjö. Socioecologies. Ecography, v. 22, no 4, pp. 337-348, 1999.

HAILA, Yrjö. Beyond the nature-culture dualism. Biology & Philosophy, v. 15, no 2, pp. 155-175, 2000.

HANNAH, Lee; LOHSE, David; HUTCHINSON,Charles; CARR, John L.; LANKERANI, Ali. A preliminary inventory of human disturbance of world ecosystems. Ambio, v. 23, no 4/5, pp. 246‒50, 1994.

HEYNEMANN, Cláudia. Floresta da Tijuca: Natureza e Civilização. Rio de Janeiro: De¬partamento Geral de Documentação e Informação Cultural, 1995.

HINCHLIFFE, Steve; WHATMORE, Sarah. Living cities: towards a politics of conviviality, Science as Culture, v. 15, no 2, pp. 123-138, 2006.

HOBBS, Richard J.; SALVATORE, Arico; ARONSON, James; BARON, Jill S.; BRIDGEWATER Peter; CRAMER, Viki A.; EPSTEIN, Paul R.; EWEL, John J.; KLINK, Carlos A.; LUGO, Ariel E.; NORTON, David; OJIMA, Dennis; RICHARDSON, David M.; SANDERSON, Eric W.; VALLADARES, Fernando; VILÀ, Montserrat; ZAMORA, Regino; ZOBEL, Martin. Novel ecosystems: theoretical and management aspects of the new ecological world order. Global Ecology & Biogeography, v. 15, no 1, pp. 1–7, 2006.

HUTTER, Lucy M. Navegação nos Séculos XVII e XVIII. Rumo: Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Obtido através do SIDRA – Banco de Dados Agregados. Disponível em <http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em 05/03/2015.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual Técnico da Vegetação Bra¬sileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da População Resi-dente no Brasil – 2014. Disponível em <https://www.ibge.gov.br/estatisti-cas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?=&t=downloads>. Acesso em 05/03/2015.

ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade: Ranking dos 10 Par¬ques Nacionais mais visitados (2010, 2011 e 2012). 2015. Disponível em <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/o-que-fazemos/10_visita-dos.pdf.>. Acesso em 05/03/2015.

INGOLD, Tim. On the distinction between evolution and history. Social Evolution & History, v. 1, no 1, pp. 5‒24, 2002.

KARASCH, Mary. Slave Life in Rio de Janeiro, 1808‒1850. Princeton: Princeton UP, 1987.

KAREIVA, Peter; WATTS, Sean; MCDONALD, Robert; BOUCHER, Tim. Domesticated nature: shaping landscapes and ecosystems for human welfare. Science, v. 316, no 5833, pp. 1866‒1869, 2007.

KOHN, Eduardo. How Forests Think. Toward an Anthropology Beyond the Human. Berkeley, Los Angeles e London: University of California Press, 2013.

LA BLACHE, Paul Vidal. Principles of Human Geography, transl. M.T. Bingham. London, Constable Publishers, 1922.

LATOUR, Bruno. We Have Never Been Modern. Cambridge, Mass.: Harvard UP, 1993.

LESSA, Carlos. O Rio de Todos os Brasis: uma Reflexão em Busca de Auto-Estima. Rio de Janeiro: Record, 2000.

LIGNANI, Leonardo B.; FRAGELLI, Claudia; VIDAL, Adriana L. Unidades de conservação da cidade do Rio de Janeiro: serviços ambientais, benefícios econômicos e valo¬res intangíveis. Revista Tecnologia & Cultura, v. 13, no 19, pp. 17-28, 2011.

LIMA, T. A.; MACARIO, K. D.; ANJOS, R. M.; GOMES, P. R. S.; COIMBRA, M. M.; ELMORE, D. The antiquity of prehistoric settlement of the central-south Brazilian coast. Radiocarbon, v. 44, no 3, pp. 733‒738, 2002.

LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. História do Rio de Janeiro: do capital comercial ao ca¬pital industrial e financeiro, 2 vols. Rio de Janeiro: IBMEC, 1978.

LOS RIOS FILHO, Adolfo M. O Rio de Janeiro Imperial, 2a ed. Rio de Janeiro: Topbooks, 2000.

LUCCOCK, John. Notes on Rio de Janeiro and the Southern Parts of Brazil. London: Printed for Samuel Leigh, in the Strand, 1820.

LUGO, Ariel. The emerging era of novel tropical forests. Biotropica, v. 41, no 5, pp. 589-591, 2009.

LUGO, Ariel. Novel tropical forests: nature’s responses to global change. Tropical Conservation Science, v. 6, no 3, pp. 325-337, 2013.

MACDOUGALL, A. S.; MCCANN, K. S.; GELLNER, G.; TURKINGTON, R. Diversity loss with persistent human disturbance increases vulnerability to ecosystem collapse. Nature, v. 494, no 7435, pp. 86-89, 2013.

MAGALHÃES, José Cezar. Lenha e carvão vegetal para o Estado da Guanabara. Bole¬tim Carioca de Geografia, v. 15, no 1/2, pp. 27-60, 1961.

MAGNANINI, Alceu. Recuperação de áreas degradadas. Revista Brasileira de Geogra¬fia, v. 52, no 3, pp. 25-40, 1990.

MAPA da população da corte e província do Rio de Janeiro em 1821. Revista do Insti¬tuto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 33, no 1, pp. 135-142, 1870.

MARQUESE, Rafael B. Luso-Brazilian enlightenment and the circulation of Caribbean slavery-related knowledge: the establishment of the Brazilian coffee culture from a comparative perspective. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 16, no 4, pp. 855-880, 2009.

MARTINS, Ana Luiza. História do Café. Rio de Janeiro: Contexto, 2008.

MARTINS, Luciana L.; ABREU, Mauricio A. Paradoxes of modernity: imperial Rio de Ja¬neiro, 1808–1821. Geoforum, v. 32, no 4, pp. 533-550, 2001.

MARTIUS, Karl Friedrich Phillip von. A Viagem de von Martius, Flora Brasiliensis, vol.1. Rio de Janeiro: Index, 1996.

MASCARO, Joseph; HARRIS, James A.; LACH, Lori; THOMPSON, Allen; PERRING, Michael P.; RICHARDSON, David M.; ELLIS, Erle C. Origins of the novel ecosystems concept. In: HOBBS, R. J.; HIGGS, E. S.; C. HALL, M. (Eds.). Novel Ecosystems: intervening in the new ecological world order. Oxford: Wiley-Blackwell, 2013, pp. 45-57.

MATLACK, Glenn R. Four centuries of forest clearance and regeneration in the hinterland of a large city. Journal of Biogeography, v. 24, no 3, pp. 281-295, 1997.

MAWE, John. Travels in the Interior of Brazil, Particularly in the Gold and Diamond Districts of that Country. London: Printed for Longman, Hurst, Rees, Orme, and Brown, 1812.

MEMORIAS públicas e econômicas da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro para uso do vice-rei Luiz de Vasconcellos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 47, no 1, pp. 25-51, 1884.

MORAES SILVA, Antonio. Diccionario da Lingua Portugueza Composto pelo Padre D. Rafael Bluteau … Reformado e accrescentado por Antonio de Moraes Silva, vol. 1. Lisboa: Officina de Simão Thaddeu Ferreira, 1789.

MORSE, Nathaniel B.; PELLISSIER, Paul A.; CIANCIOLA, Elisabeth N.; BRERETON, Richard L.; SULLIVAN, Marleigh M.; SHONKA, Nicholas K.; WHEELER, Tessa B.; MCDOWELL, William H. ‘Novel ecosystems in the Anthropocene: a revision of the novel ecosystem concept for pragmatic applications’. Ecology & Society, v. 19, no 2, 2014.

MORTON, Julia F. The jackfruit (Artocarpus heterophyllus Lam.): its culture, varieties and utilization. Proceedings of the Florida State Horticultural Society, no 78, pp. 336-344, 1965.

MURPHY, Grace E. P.; ROMANUK, Tamara M. A meta-analysis of declines in local species richness from human disturbances. Ecology & Evolution, v. 4, no 1, pp. 91-103, 2014.

NASCIMENTO, Benedicto H. A carreira fugaz do gasogênio. Revista do Instituto de Es¬tudos Brasileiros, no 27, pp. 9-26, 1987.

NASH, Linda. The agency of nature or the nature of agency? Environmental History, v. 10, no 1, pp. 67-69, 2005.

NIMER, Edmon. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1979.

OLIVEIRA, Rogério Ribeiro. Terras cançadas e mattas estragadas: uma pequena histó¬ria ambiental das chuvas e florestas do Rio de Janeiro. In: GARI, V. R.; SCHLEE, M. B.; ANDRADE, R.; DIAS, M. A. (Eds.). Águas Urbanas: a regeneração ambien¬tal como campo disciplinar integrado, vol. 1. Rio de Janeiro: FAPERJ/PROARQ-FAUUFRJ/Minister Ed, 2007, pp. 57‒77.

OLIVEIRA, Rogério Ribeiro. Environmental history, traditional populations, and paleo-territories in the Brazilian Atlantic Coastal Forest. Global Environment, no 1, pp. 176-191, 2008.

OLIVEIRA, Rogério Ribeiro; ENGEMANN, Carlos. História da paisagem e paisagens sem história: a presença humana na floresta atlântica do sudeste brasileiro. Esboços, no 18, pp. 9-31, 2011.

OLIVEIRA, Rogério Ribeiro; SOLÓRZANO, Alexandro. Três hipóteses ligadas à dimen-são humana da biodiversidade da Mata Atlântica. Fronteiras: Sociedade, Tecno¬logia e Meio Ambiente, v. 3, no 2, pp. 80-95, 2014.

OLIVEIRA, Rogério Ribeiro; PATZLAFF, Rubia G.; SCHEEL-YBERT, Rita. A floresta como um esconderijo: arqueologia da paisagem na Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Mosaico – Revista de História, no prelo.

O’NEILL, Robert V. Is it time to bury the ecosystem concept? (With full military honors, of course!). Ecology, v. 82, no 12, pp. 3275-3284, 2001.

PÁDUA, José Augusto. The theoretical foundations of environmental history. Estudos Avançados, v. 24, no 68, pp. 81-101, 2010.

PCRJ: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Mapa da Cobertura Vegetal e do Uso das Terras do Município do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2011.

PERDOMO, Manon; MAGALHÃES, Luis Mauro S. Ação alelopática da jaqueira (Artocar¬pus heterophyllus) em laboratório. Floresta e Ambiente, v. 14, no 1, pp. 52-5, 2007.

PLUMWOOD, Val. The concept of a cultural landscape: nature, culture and agency in the land. Ethics & the Environment, v. 11, no 2, pp. 115-150, 2006.

PINTO, Maria Novais. A cidade do Rio de Janeiro: evolução física e humana. Revista Brasileira de Geografia, v. 27, no 2, pp. 191-232, 1965.

PIO CORRÊA, Manoel. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas, vol. 4. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, 1969.

ROYMANS, Nico; GERRITSEN, Fokke; VAN DER HEIJDEN, Cor; BOSMA, Koos; KOLEN, Jan. Landscape biography as research strategy: the case of the South Netherlands Project, Landscape Research, v. 34, no 3, pp. 337-359, 2009.

SALES, Gabriel Paes da Silva; SOLÓRZANO, Alexandro; PATZLAFF, Rubia G.; OLIVEIRA, Rogério Ribeiro. Resultantes ecológicas, práticas culturais e provisão de lenha para a fabricação de carvão nos séculos XIX e XX no Rio de Janeiro. Pesquisas. Botânica, no 65, pp. 389-402, 2014.

SALES, Gabriel Paes da Silva; GUEDES-BRUNI, Rejan R. Um Quebra-Cabeça Verde: ‘Montando as Peças’ do Reflorestamento Empreendido na Floresta da Tijuca. Fronteiras: Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente, v. 7, no 3, pp. 58-77, 2018.

SANTOS, Leonardo S. Os valores de uma luta: a economia moral do movimento pela terra dos pequenos lavradores do Sertão Carioca nos difíceis anos de 1945‒1964. Mundo Agrário, v. 6, no 12, s/p, 2006.

SANTOS, Leonardo S. Expansão urbana, mercado imobiliário e conflitos de terra no Sertão Carioca (1940-1964). Confluenze – Rivista di Studi Iberoamericani, v. 4, no 1, pp 263-281, 2012.

SANTOS, Nilo. Contribuição ao estudo da flora existente no Parque Nacional da Tijuca. Rodriguésia, v. 31, no 51, pp. 71-126, 1979.

SATTERTHWAITE, David. The Transition to a Predominantly Urban World and its Underpinnings. Human Settlements Discuss Pap., Ser 4, 2007. Disponível em <https://pubs.iied.org/10550IIED/>. Acesso em 23/02/2015.

SAUER, Carl O. Foreword to historical geography. Annals of the Association of American Geographers, v. 31, no 1, pp. 1-24, 1941.

SCHWARTZ, Stuart B. Sugar Plantations in the Formation of Brazilian society: Bahia, 1550‒1835. Cambridge: Cambridge UP, 1986.

SILVA, Tanismare Tatiana de Almeida; SOUZA, Luciana Aparecida; OLIVEIRA, Luciana Magda; & GUIMARÃES, L. M. Temperatura de germinação, sensibilidade à des¬secação e armazenamento de sementes de jaqueira. Revista Ciência Agronô¬mica, v. 38, no 4, pp. 436-439, 2007.

SMITH, Bruce D. The ultimate ecosystem engineers. Science, v. 315, no 5820, pp. 1797-1978, 2007.

SMITH, Herbert H. Rio de Janeiro. Scribner’s Monthly, no 18, pp. 890-903, 1879.

SOLÓRZANO, Alexandro; SALES, Gabriel Paes da Silva; NUNES, Rafael S. O legado hu¬mano na paisagem do Parque Nacional da Tijuca: uso, ocupação e introdução de espécies exóticas. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, v. 7, no 2, pp. 15-36, 2018.

SOLÓRZANO, Alexandro. Novas perspectivas sobre o debate da dicotomia sociedade × natureza a partir da Ecologia Histórica: introdução e domesticação de uma es¬pécie exótica na mata atlântica. Revista Desigualdade & Diversidade, no 17, pp. 107-127, 2019.

SPIX, Johann Baptist von; MARTIUS, Carl Friedrich Philipp von. Travels in Brazil in the Years 1817‒1820. London: Longman, Hurst, Rees, Orme, Brown, and Green, 1824.

TAUNAY, Alfredo E. Viagens de Outr’ora. São Paulo: Melhoramentos, 1921.

TAUNAY, Carlos Augusto. Manual do Agricultor Brasileiro, ed. Rarafel B. Marquese. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

THRIFT, Nigel. Still life in nearly present time: the object of nature. Body & Society, v. 6, no 3/4, pp. 34-57, 2000.

TURKEL, William J. Every place is an archive: environmental history and the interpretation of physical evidence, Rethinking History, v. 10, no 2, pp. 259-276, 2006.

UNESCO: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Convention Concerning the Protection of the World Cultural and Natural Heritage, World Heritage Committee, 36th session, 2012. Disponível em <https://whc.unesco.org/en/sessions/36com/documents/>. Acesso em 27/04/2015.

VIANA, Paulo F. Abreviada demonstração dos trabalhos da polícia em todo o tempo que a serviu o Desembargador do Paço Paulo Fernandes Viana. Revista do Ins¬tituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 35, no 1, pp. 373-380, 1892.

VIEGAS, Nonato. O fim do sossego. Quilombola é atropelado por plano para parque estadual, Piauí, no 85, p. 12, 2013.

VILLAÇA, Flavio. Espaço Intra-Urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel, 1998.

VILHENA, Luis dos Santos. A Bahia no Século XVIII, vol. 3. Salvador: Itapuã, 1969.

VITOUSEK, Peter M.; MOONEY, Harold A.; LUBCHENCO, Jane; MELILLO, Jerry M. Human domination of Earth’s ecosystems. Science, v. 277, no 5325, pp. 494-499, 1997.

WEECH, Friedrich von. A Agricultura e o Comércio do Brasil no Sistema Colonial. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

WHATMORE, Sarah. Hybrid Geographies: Natures Cultures Spaces. London, Thousand Oaks, and New Delhi: Sage, 2002.

WIED-NEUWIED, Maximilian. Travels in Brazil in the Years 1815, 1816 and 1817. London: Printed for H. Colburn & Co, 1820.

WORSTER, Donald. Nature’s Economy: a history of ecological ideas, 2nd ed. Cambridge: Cambridge UP, 1994.

ZEREGA, Nyree J. C.; NUR SUPARDI, M. N.; MOTLEY, Timothy J. Phylogeny and recircunscription of Artocarpeae (Moraceae) with a focus on Artocarpus. Systematic Botany, v. 35, no 4, pp. 766-782, 2010.

Downloads

Publicado

22-06-2020

Como Citar

CABRAL, D.; SOLÓRZANO, A.; RIBEIRO DE OLIVEIRA, R. Florestas urbanas e urbanidades florestais no Rio de Janeiro – Uma Geografia Histórica. AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 174, 2020. DOI: 10.48075/amb.v2i1.25279. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/25279. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos