Os conceitos de rede e de agroecologia na investigação dos movimentos sociais de orientação agroecológica
DOI:
https://doi.org/10.48075/amb.v7i2.33186Resumo
No cenário de crise ambiental em que a natureza impõe limites ao mercado e ao domínio dos sistemas agroalimentares corporativos, os movimentos sociais de orientação agroecológica vêm sendo apresentados como solução para recompor os metabolismos destruídos pelo modelo dominante na coprodução entre seres humanos e natureza nos processos de produção, processamento, transporte, distribuição, comercialização e consumo de alimentos. Diversos pesquisadores apresentam suas perspectivas para observar esses movimentos, dentre elas as de cadeias curtas, de redes agroalimentares alternativas e de redes cívicas. Nos propomos a discutir essas abordagens à luz da realidade brasileira em que se impõem limites de acesso à terra, aos recursos de produção, aos alimentos diversos e nutritivos e à renda. Do ponto de vista conceitual, cadeias e redes (alternativas ou cívicas) possuem traços comuns, porém são diferenciados em suas agendas de pesquisa. Nelas se observa a ausência do conteúdo de classe e de questões de acesso aos alimentos nutritivos e diversos. Todas as definições giram em torno dos princípios e dimensões da agroecologia. A agroecologia permeia os debates e orienta as ações dos atores em seus espaços de trânsito no Brasil, na América Latina, Canadá e alguns lugares da Europa. O termo redes agroalimentares agroecológicas, através da combinação entre o conceito de redes da Geografia e da agroecologia proporciona possibilidades de observar e analisar os fluxos entre espaços, atores, saberes e ações dos movimentos de orientação agroecológico de forma integrada.
Palavras-chave: Redes; Agroecologia; Justiça Ambiental; Soberania Alimentar.
The concepts of network and agroecology in the investigation of agroecologically oriented social movements
Abstract
In an environmental crisis scenario of in which nature is imposing limits on the market and the dominance of corporate agri-food systems, social movements with an agro-ecological bias are being presented as the only solution capable of restoring the metabolisms destroyed by the dominant model through co-production between human beings and nature in the processes of production, processing, transport, distribution, commercialization and consumption of food. Various researchers have presented their perspectives on these movements, including short chains, alternative agri-food networks, and civic networks. We propose to discuss these approaches in the light of the Brazilian reality in which there are limits to access to land, production resources, diverse and nutritious food, and income. From a conceptual point of view, chains, and networks (alternative or civic) share common elements but differ in their research agendas. They lack class content and issues of access to nutritious and diverse food. All the definitions revolve around the principles and dimensions of agroecology. From the point of view of the words used by the actors and the practices, agroecology permeates the debates and guides the actions of the actors in their transit spaces in Brazil, Latin America, Canada, and some parts of Europe. The term agroecological food networks, through the concept of networks in geography and from the perspective of agroecology, presents possibilities for observing and analyzing the flows between spaces, actors, knowledge, and actions of agroecological movements in an integrated way.
Keywords: Networks; Agroecology; Environmental Justice; Food Sovereignty.
Los conceptos de red y agroecología en la investigación de los movimientos sociales de orientación agroecológica
Resumen
En un escenario de crisis ambiental donde la naturaleza limita el mercado y el dominio de los sistemas agroalimentarios corporativos, los movimientos sociales de sesgo agroecológico son la única solución capaz de restaurar los metabolismos destruidos por el modelo dominante mediante la coproducción entre humanos y la naturaleza en los procesos de producción, transformación, transporte, distribución, comercialización y consumo de alimentos. Diversos investigadores han presentado sus perspectivas sobre estos movimientos, incluyendo las cadenas cortas, las redes agroalimentarias alternativas y las redes cívicas. Proponemos discutir estos enfoques a la luz de la realidad brasileña, en la que se imponen límites al acceso a la tierra, a los recursos de producción, a alimentos diversos y nutritivos y a la renta. Desde un punto de vista conceptual, las cadenas y las redes (alternativas o cívicas) comparten elementos comunes, pero difieren en sus agendas de investigación. Carecen de contenido de clase y de cuestiones de acceso a alimentos nutritivos y diversos. Todas las definiciones giran en torno a los principios y dimensiones de la agroecología. Desde el punto de vista de las palabras utilizadas por los actores y de las prácticas, la Agroecología impregna los debates y orienta las acciones de los actores en sus espacios de tránsito en Brasil, América Latina, Canadá y algunas partes de Europa. El término redes agroecológicas de alimentos, mediante el concepto de redes en geografía y desde la perspectiva de la agroecología, presenta posibilidades de observar y analizar los flujos entre espacios, actores, conocimientos y acciones de los movimientos agroecológicos.
Palabras clave: Redes; Agroecología; Justicia Ambiental; Soberanía Alimentaria.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.