Composição corporal e consumo de oxigênio: um estudo de revisão
DOI:
https://doi.org/10.36453/cefe.1999.n1.p49Palabras clave:
Composição corporal, Consumo de oxigênio, AdultosResumen
O estudo revisa a literatura para analisar a associação entre o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e os parâmetros da composição corporal, com foco em como esses elementos interagem no desempenho físico e na saúde cardiovascular. A composição corporal, frequentemente medida em centros de atividade física, é usualmente associada ao VO2máx como um indicador de aptidão aeróbia. Estudos analisados indicam que altos níveis de gordura corporal são inversamente proporcionais ao consumo de oxigênio, enquanto indivíduos com maior peso magro apresentam melhor desempenho aeróbio. Pesquisas iniciais, como as de Buskirk & Taylor (1957), mostram uma forte correlação entre o VO2máx e o peso corporal magro (r = 0.85), reforçando a relevância dessa métrica em avaliações de aptidão cardiorrespiratória. Estudos posteriores confirmaram essa relação, mas destacaram que o excesso de gordura corporal sozinho não influencia diretamente o desempenho aeróbio máximo, sendo mais relevante em atividades que envolvem deslocamento corporal, como corridas. Adicionalmente, diferenças significativas na relação VO2máx/composição corporal foram observadas entre gêneros e faixas etárias. A revisão conclui que, para adultos jovens e adolescentes, o peso magro é o melhor preditor de desempenho aeróbio. No entanto, em mulheres e idosos, a composição corporal apresenta especificidades que requerem investigações adicionais. A gordura corporal, quando mantida em níveis elevados por longos períodos, contribui significativamente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em populações mais velhas. Assim, o estudo reforça a importância de abordagens personalizadas na prescrição de exercícios.
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