O padrão da atividade física no lazer de idosos brasileiros

Autores/as

  • Dartel Ferrari Lima Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
  • Lohran Anguera Lima Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SP)
  • Oldemar Mazzardo Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
  • Maria das Graças Anguera Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
  • Verónica Gabriela Silva Piovani Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
  • Arestides Pereira da Silva Junior Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
  • Michael Pereira Silva Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (Unicentro)
  • Adelar Aparecido Sampaio Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

DOI:

https://doi.org/10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p39

Palabras clave:

Exercício, Envelhecimento da População, Atividades de Lazer

Resumen

Com o decorrer da idade, ser fisicamente ativo ou permanecer fisicamente ativo pode se tornar dificultoso devido às barreiras funcionais, emocionais e sociais inerentes ao envelhecimento. O objetivo do estudo foi avaliar o padrão da atividade física e o perfil sociodemográfico e comportamental de idosos residentes nas capitais dos estados brasileiros e no Distrito Federal. Estudo descritivo com amostra de adultos entrevistados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel (2016). Foram entrevistados 53.210 adultos. Destes, 18.854 adultos (6.199 homens e 12.655 mulheres) tinham à época, 60 anos ou mais de idade. A caminhada foi a atividade física mais relatada. A frequência semanal mais adotada foi de 3 a 4 dias com duração de 60 minutos ou mais. O percentual de ativos no lazer foi menor com o aumento da idade e com a diminuição da escolaridade. Os ativos foram mais frequentes para a auto avaliação otimista da saúde e menos frequentes para o consumo de tabaco quando comparados aos seus pares inativos. O estudo revelou que, aproximadamente, metade da amostra negou a participação em atividade física no lazer, com um cenário mais desfavorável paras as mulheres. O padrão de atividade física nos idosos ativos se alinhava às recomendações do Ministério da Saúde. A promoção de estilos de vida ativa deve fazer parte do planejamento de cuidados de saúde para os idosos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Dartel Ferrari Lima, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

Graduado em Fisioterapia (1983), Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especialista (Residência) em Fisioterapia Neurofuncional e Fisioterapia Ortopédica Traumatofuncional (COFFITO). Especialista Lato Sensu em Biologia do Esporte e Preparação Física. Atualmente é professor Adjunto na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil.

Citas

AOYAGI, Y.; PARK, H.; PARK, S.; SHEPHARD, R. J. Habitual physical activity and health-related quality of life in older adults: interactions between the amount and intensity of activity. Quality of Life Research, Rockville Pike, v. 19, n. 3, p. 333-8, 2010.

BARROWS, J.; FLEURY, J. Systematic review of yoga interventions to promote cardiovascular health in older adults. Western Journal of Nursing Research, Durham, v. 38, n. 6, p. 753-81, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Academia da Saúde. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=37078>. Acessado em: 10 de abril de 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel - Brasil 2016: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2017. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/02/vigitel-brasil-2016.pdf>. Acessado em: 10 de janeiro de 2018.

CARDOSO, A. S.; MAZO, G. Z.; SALIN, M. S.; SANTOS, C. A. X. Percepção subjetiva de saúde e nível de atividade física de idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v.11, n. 1, p. 81-91, 2008.

CAVALCANTE, P. A. M. Nível de atividade física e nível de consumo de álcool e drogas em universitários de Educação Física. Lectures: Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires, v. 151, n.15, 2010. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd151/consumo-de-alcool-e-drogas-em-universitarios.htm>. Acessado em: 05 de fevereiro de 2018.

CDC. Centers for Disease Control and Prevention. State indicator report on physical activity. Atlanta (U.S). Department of Health and Human Services, 2010. Disponível em: <https://www.cdc.gov/physicalactivity/resources/reports.html>. Acessado em: 05 de fevereiro de 2018.

CISA. Centro de Informações sobre Saúde e Álcool. Compreensão da coocorrência de comportamentos como consumo de álcool, transtornos alimentares, prática de atividades físicas a partir da drunkorexia. CISA: São Paulo. Disponível em: <http://www.cisa.org.br/index.php>. Acessado em 10 de julho de 2015.

DHHS. Department of Health and Human Services. Physical activity guidelines for americans. Washington (DC). DHHS, 2008. Disponível em: <http://www.health.gov/paguidelines>. Acessado em: 12 de agosto de 2016.

D’ORSI, E.; XAVIER, A. J.; RAMOS, L. R. Trabalho, suporte social e lazer protegem idosos da perda funcional: Estudo Epidoso. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 4, p. 685-92, 2011.

EAKIN, E. G.; LAWLER, S. P.; VANDELANOTTE, C.; OWEN, N. Telephone interventions for physical activity and dietary behavior change: a systematic review. American Journal of Preventive Medicine, Michigan, v. 32, n. 5, p. 419-434, 2007.

FORMIGA, N. S.; AYROZA, I.; DIAS, L. Escala das atividades de hábitos de lazer: construção e validação em jovens. Revista de Psicologia da Vetor Editora, Cubatão, v. 6, n. 2, p. 71-9, 2005.

HALLAL, P. C.; ANDERSEN, L. B.; BULL, F. C.; GUTHOLD, R.; HASKELL, W.; EKELUND, U. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. The Lancet, London, v. 380, p. 247-57, 2012.

HASKELL, W. L.; LEE, I. M.; PATE, R. R.; POWELL, K. E.; BLAIR, S. N.; FRANKLIN, B. A.; MACERA, C. A. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sport Medicine and the American Heart Association. Medicine & Science in Sports & Exercise, Indianápolis, v. 3, n. 2, p. 1423-34, 2007.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua - PNAD Contínua: 2012-2016. Características Gerais dos Moradores. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/habitacao/17270-pnad-continua.html?edicao=18264&t=sobre>. Acessado em: 20 de fevereiro de 2018.

JANINI, J. P.; BESSLER, D.; VARGAS, A. B. D. Educação em saúde e promoção da saúde: impacto na qualidade de vida do idoso. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 39, p. 480-90, 2015.

LEASURE, J. L.; NIXON, K. Exercise neuroprotection in a rat model of binge alcohol consumption. Alcoholism Clinical and Experimental Research, Medford, v. 34, p. 4-14, 2010.

LIMA, D. F. Atividade física de adultos nas capitais brasileiras e no Distrito Federal: um estudo transversal. 2014. 162f. Tese (Doutorado em Ciências) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

MIRANDA, J. S.; ALMEIDA, J. B.; MARQUES, S. F. G. Prevalência e fatores associados ao tabagismo em uma unidade universitária. Enfermagem Brasil, São José do Rio Preto, v. 8, n. 5, p. 14-22, 2009.

MOURÃO, A. R. de C.; NOVAIS, F. V.; ANDREONI, S.; RAMOS, L. R. Atividade física de idosos relacionada ao transporte e lazer, Maceió, Brasil. Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 47, n. 6, p. 1112-22, 2013.

ROCHA, S. V.; DE ALMEIDA, M. M. G.; DE ARAÚJO, T. M.; SANTOS, L. B.; RODRIGUES, W. K. M. Fatores associados à atividade física insuficiente no lazer entre idosos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 191-5, 2013.

SALLES-COSTA, R.; WERNECK, L. G.; LOPES, C.; FAERSTEIN, E. Associação entre fatores sócio-demográficos e prática de atividade física de lazer no Estudo Pró-Saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p. 1095-1105, 2003.

SANTOS, P. L. dos; FORONI, P.M.; CHAVES, M. C. F. Atividades físicas e de lazer e seu impacto sobre a cognição no envelhecimento. Medicina, Ribeirão Preto, v. 42, n. 1, p. 54-60, 2009.

SAUNDERS, L. E.; GREEN, J. M.; PETTICREW, M. P.; STEINBACH, R.; ROBERTS, H. What are the health benefits of active travel? A systematic review of trials and cohort studies. PLoS One, San Francisco, v. 8, n. 8, 2013. Disponível em: <http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0069912>. Acessado em: 05 de fevereiro de 2018.

VAGETTI, G. C.; BARBOSA FILHO, V. C.; MOREIRA, N. B.; DE OLIVEIRA, V.; MAZZARDO, O.; CAMPOS, W. de. The prevalence and correlates of meeting the current physical activity for health guidelines in older people: a cross-sectional study in brazilian women. Archives of Gerontology and Geriatrics, Oklahoma, v. 56, n. 3, p. 492-500, 2013.

VANCEA, L. A.; BARBOSA, J. M. V.; MENEZES, A. S.; SANTOS, C. M. Associação entre atividade física e percepção de saúde em adolescentes: revisão sistemática. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Pelotas, v. 16, n. 3, p. 246-54, 2011.

VITÓRIO, V. M.; GIL, C. C. N.; ROCHA, S. V.; CARDOSO, J. P.; CARNEIRO L. R. V.; AMORIM C.R. Fatores associados ao nível de atividade física entre idosos asilares. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, Porto Alegre, v. 17, n. 1, p. 75-89, 2012.

WHO. World Health Organization. Active ageing – a police framework. A contribution of the world health organization to the second united nations world assembly on aging. Madrid: WHO, 2002. Disponível em: <https://extranet.who.int/agefriendlyworld/wp-content/uploads/2014/06/WHO-Active-Ageing-Framework.pdf>. Acessado em: : 05 de maio de 2017.

WHO. World Health Organization. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. Disponível em: <http://dms.ufpel.edu.br/ares/bitstream/handle/123456789/232/5%20%202005%20%20envelhecimento_ativo.pdf?sequence=1>. Acessado em: 14 de junho de 2016.

WHO. World Health Organization. Global action plan on physical activity 2018-2030: more active people for a healthier world. Geneva: WHO, 2018. Disponível em: <http://www.who.int/ncds/prevention/physical-activity/gappa>. Acessado em: 10 de abril de 2018.

WHO. World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Genebra: WHO, 2010. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK305057/>. Acessado em: xx 05 de maio de 2012.

ZAITUNE, M. P. D. A.; BARROS, M. B. D. A.; CÉSAR, C. L. G.; CARANDINA, L.; GOLDBAUM, M.. Fatores associados ao sedentarismo no lazer em idosos, Campinas, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6. p. 329-38, 2007.

ZAITUNE, M. P. D. A.; BARROS, M. B. D. A.; CÉSAR, C. L. G.; CARANDINA, L.; GOLDBAUM, M.; ALVES, M. C. G. P. Fatores associados à prática de atividade física global e de lazer em idosos: Inquérito de Saúde no Estado de São Paulo (ISA-SP), Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 8, p. 1606-18, 2010.

Publicado

12-07-2018

Cómo citar

LIMA, D. F.; LIMA, L. A.; MAZZARDO, O.; ANGUERA, M. das G.; PIOVANI, V. G. S.; JUNIOR, A. P. da S.; SILVA, M. P.; SAMPAIO, A. A. O padrão da atividade física no lazer de idosos brasileiros. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 16, n. 2, p. 39–49, 2018. DOI: 10.36453/2318-5104.2018.v16.n2.p39. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/19111. Acesso em: 18 jul. 2024.