RE-PRESENTING AMERICA(S): CANADIAN WRITING AND ITS PATH TOWARDS A HYBRID SURVIVAL

Resumo

O desafio que encaro neste estudo teórico é o de refletir acerca de debates contemporâneos sobre identidade nacional, especialmente no que concerne à condição do Canadá, para entender como a deia de tempo e espaço fixos pode ser desestabilizada. O guia temático de Margaret Atwood intitulado Survival: A Thematic Guide to Canadian Literature (1972) me fornece com o aparato principal para conduzir tal análise, ainda que a conclusão em que chego difere consideravelmente daquela na qual chega a autora. Tempo, espaço, identidade, realidade: tudo isso gera não estabilidade ou reforço de algo puro – muito pelo contrário, todos estes termos dependem de uma mudança contínua. As mudanças nunca acabam, são apenas rearranjadas em um leque metafórico de eventos que ocorrem sequencialmente e se sobrepõem uns aos outros. Neste funcionamento cultural confuso e complexo, é essencial ter em mente a inconsistência das identidades ambivalentes e multifacetadas ao tentar compreender como culturas emergem, interagem e proliferam nas Américas. Nações são textos, aqueles que as integram são leitores e a literatura então se comporta como a realidade subjetiva que surge da experiência do local específico. Os paralelos que podem ser traçados entre países do continente americano, e a sua relevância e/ou aplicabilidade para a compreensão uns dos outros, deixa evidente a sua interdependência. Identidades fixas não existem para serem respeitadas, mas sim para serem questionadas, descreditadas e, finalmente, obliteradas.